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segunda-feira, 29 de março de 2021

Opinião - A Dança das Estrelas, Emma Donoghue

 





Este é o primeiro livro que leio da autora, apesar de ter O Quarto de Jack na estante. Gostei bastante da sinopse e fiquei muito curiosa com a história.

O cenário deste romance histórico é Dublin, 1918, já no final da 1ª Guerra Mundial, e onde há uma gripe desconhecida que se está a disseminar. Vamos conhecer Júlia Power, enfermeira, que trabalha na maternidade de um hospital da cidade. Todas as mulheres estão grávidas e contraíram esta gripe. Devido à guerra e à pandemia, o hospital está sobrelotado, há falta de médicos, enfermeiros e ajudantes. Muitos estão doentes ou em quarentena e a enfermeira Júlia tenta dar o seu melhor neste cenário desolador de guerra. 

Esta história é o relato de 3 intensos dias na vida de Júlia enquanto enfermeira neste hospital. Conhecemos as suas pacientes, as suas histórias de vida mas também como Júlia tentar ajudar as pacientes, os meus filhos, como lida com a falta de médicos, como ajuda os bebés a nascer e como lida com o pior da sua profissão.

Após pedir mais pessoal para a sua enfermaria, pois ficava muitas horas sozinhas com as suas pacientes, em turnos infindáveis, surge Bridie, uma jovem ajudante voluntária e inexperiente que Júlia rapidamente ensina para a poder auxiliar nas suas tarefas. E juntas vão passar por muito, tendo nascido entre elas uma amizade especial, pois o pouco tempo que trabalharam juntas foi muito intenso.

É um relato muito cru, pormenorizado e muito visual do que ambas fazem para ajudar as pacientes com as suas maleitas. Como ajudam estas mulheres a ter os seus filhos. E estas mulheres passam por tanto: há falta de medicamentos, há falta de médicos, há falta de material médico... e fazem o possível e o impossível. Mas no meio de tantas adversidades, há espaço para amizades, desabafos, esperança e algumas alegrias.

Apesar de ser um livro bastante descritivo, mesmo na parte dos cuidados médicos a estas mulheres, foi uma história que me prendeu desde cedo. É interessante perceber como a medicina evoluiu tanto nestes 100 anos, como havia tantos partos que corriam mal para a mãe e para o bebé que, hoje em dia, teriam certamente corrido bem.
A autora conseguiu transmitir toda a azafama, a desorganização e, em certos momentos, o caos desta maternidade, a luta constante por manter estas mulheres vivas, as decisões que Júlia teve de tomar, muitas vezes sem estar habilitada para tal.

A história é muito centrada nestes três dias na vida destas mulheres mas gostaria de ter sabido um pouco mais da vida de Júlia e do irmão Tim, achei o final um pouco apressado. 
É uma história forte, poderosa sobre mulheres que gostei muito de ler. O desfecho é muito emotivo e deixou-me bastante emocionada. Deixou espaço para uma continuação que não sei se irá acontecer.

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.

Foi uma leitura conjunta com 20 meninas organizada pelas booktubers Dora SilvaBeatriz, Carla AugustoFilipa Ledezma. Obrigada pela ideia, gostei muito desta experiência!


SINOPSE

Dublin, 1918.
Numa Irlanda duplamente devastada pela guerra e doenças, a enfermeira Julia Power trabalha num hospital sobrelotado e com falta de pessoal, onde grávidas que contraíram uma gripe desconhecida são colocadas em quarentena. Neste contexto já bastante difícil de gerir, Julia terá ainda de lidar com duas mulheres enigmáticas: a Dra. Kathleen Lynn, procurada pela polícia por ser uma líder revolucionária do Sinn Féin, e uma jovem ajudante voluntária sem experiência de enfermagem, Bridie Sweeney.
É numa enfermaria minúscula, escura e sem condições, que estas mulheres vão lutar contra uma pandemia desconhecida, perder pacientes, mas também trazer novas vidas ao mundo. No meio da devastação, histórias de amor e humanidade no dia a dia de mães e cuidadoras que, de várias formas, acabam por cumprir missões quase impossíveis.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«A partir de material histórico sombrio, Donoghue criou um romance de coragem que parece um thriller, repleto de sequências e ação emocionantes»

Washington Post

“Não acredita que a história se repete? Leia este livro. É um romance impressionante. A dança das estrelas passa-se quase inteiramente numa única sala e desenrola-se ao ritmo de um thriller.”

New York Times

"O melhor romance de Donoghue desde O Quarto de Jack"

Kirkus Reviews


sexta-feira, 19 de março de 2021

Opinião - A Nova Índia, Iris Bravo

 




Este novo livro da autora Iris Bravo é a continuação do seu livro de estreia, A Terceira Índia.

A história centra-se na nossa protagonista, a Sofia que, após uma separação repentina do marido Ricardo vai para Moçambique dar aulas, em substituição de uma amiga. Lá conheceu Alex, um homem que a fez esquecer o ex-marido Ricardo. Após uns acontecimentos inesperados e complicados regressa a Portugal, sabendo que está grávida de Alex.. Aqui termina o primeiro livro.

Neste segundo livro, ao chegar a Portugal, Ricardo está à espera de Sofia no aeroporto, arrependido daquilo que fez que originou a separação. Mas Sofia agora vai ter de lhe dizer que está grávida, de outro homem...

Não me alongando na sinopse e não querendo revelar muito, neste livro encontramos uma Sofia mais madura e mais ponderada mas também mais corajosa. Vamos acompanhar a sua gravidez, que foi totalmente inesperada, devido aos problemas de infertilidade que tinha tido durante o casamento com Ricardo.

Li este livro em dois dias tal era a ansiedade que tinha para saber como ia terminar a história de Sofia e do seu bebé. Foi uma leitura altamente viciante: com uma escrita simples e fluída, capítulos curtos, narrada a várias vozes e com algumas revelações pelo meio. Um romance com uma pitada de suspense e mistério que em alguns momentos de deixou com uma lágrima no olho...

Gostei um pouco mais do primeiro livro porque gostei de conhecer o background das personagens e achei que me envolvi mais na história por me ter identificado com o passado da Sofia. Este livro é mais intimo, conhecemos mais a fundo a personalidade de Sofia, as suas dúvidas e receios e também as suas escolhas de vida. Notou-se ainda o cunho médico da autora, não para falar de infertilidade como no primeiro livro mas de outro assunto relacionado com a gravidez. Gostei da parte final do livro onde as mulheres da família de Sofia (as Índias) têm um papel mais destacado.

Não me vou pronunciar sobre o final da história porque qualquer coisa que direi irá dar pistas sobre a escolha da Sofia. Por isso digo apenas que no fim o amor venceu e é isso que importa!

Para quem gosta de romances leves e altamente viciantes mas que abordam questões importantes, estes dois livros são, sem dúvida, uma ótima escolha.

Parabéns à Íris Bravo! 
Tenho orgulho nos novos autores portugueses!
Fico à aguardar um próximo livro.

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.



SINOPSE

Sofia assinou um acordo de divórcio e partiu para Moçambique.
Disposta a viver aventuras e sem saber que continuava casada, envolveu-se com Alex, que lhe revelou os seus segredos e por que não queria ter filhos. Foi por isso que quando ela descobriu que estava grávida, regressou a Portugal sem lhe contar.
Assim que aterra em Lisboa, o seu marido Ricardo espera-a, arrependido de a ter magoado e decidido a tudo para a reconquistar.
Quando os seus olhos a fitaram, o seu coração parou. «E agora?»

Dividida entre quem acreditava ser o homem da sua vida e um grande amor, a Terceira Índia terá de criar o seu futuro e enfrentar novas ameaças, que irão testar a sua coragem e levá-la aos seus limites.


quarta-feira, 10 de março de 2021

Novidade de março - O Rapaz do Bosque de Harlan Coben

 

SINOPSE

Um homem com um passado misterioso tem de encontrar uma adolescente desaparecida. Um thriller emocionante.

Há trinta anos, Wilde foi encontrado a viver no bosque, sem qualquer recordação do seu passado. Agora, adulto, ainda não conhece a sua origem. e outra criança está desaparecida.

Ninguém parece levar a sério o desaparecimento de Naomi Pine, nem sequer o seu pai. Mas há uma exceção. Hester Crimstein, advogada criminal televisiva, sabe pelo seu neto que Naomi era constantemente vítima de bullying na escola. Hester pede a Wilde - com quem partilha uma ligação trágica - para usar a sua capacidade única para encontrar Naomi.

Wilde não pode ignorar o desaparecimento daquela adolescente mas, para conseguir encontrar Naomi, tem de aventurar-se de novo no seio da comunidade, um lugar onde os poderosos são protegidos, mesmo quando guardam segredos que podem destruir a vida de milhões - segredos que Wilde tem de desvendar antes que seja demasiado tarde.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Opinião - Coisas de Loucos, Catarina Gomes

 




A propósito de uma reportagem sobre o encerramento em 2011 do primeiro hospital psiquiátrico português, o Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, Catarina Gomes encontra uma caixa de cartão.

Curiosa pediu autorização para a abrir. Estava repleta de objectos pertencentes a antigos doentes do hospital, também conhecido por Hospital de Rilhafoles.

A partir destes objectos a autora investigou e tentou descobrir a quem pertenceram. O resultado é este livro que nos conta a história de 8 antigos pacientes do Miguel Bombarda.

Um conjunto de histórias nuas e cruas sobre o que foi ser doente psiquiátrico nos anos 20/30 até aos anos 60/70 do século passado.

Interessante e angustiante saber como as doenças mentais era tratadas, a que sujeitavam os doentes, as condições do hospital...Os eletrochoques, as terapias de banhos gelados e quentes e até a lobotomia eram usados para curar os males da cabeça.

A homossexualidade tratada como doença, acreditando-se que com dois furinhos na cabeça resolveriam o "problema" cujo principal sintoma nos doentes era "efeminacão, cujo sinal mais óbvio era a sua preferência pelos trabalhos das mulheres".

Factos importantes que reti:
🔹só em 1973 a homossexualidade saiu da lista de doenças da Associação Americana de Psiquiatria;
🔹só em 1982 o crime de prática dos chamados "vícios contra a natureza" foi abolido da nossa lei.

Não foi assim há tanto tempo...

Um livro muito bem escrito que conseguiu prender-me a esta realidade que existiu no nosso país.

Histórias duras que me emocionaram de pessoas que foram ostracizadas pelo sistema, pela sociedade e muitas vezes pela própria família.

Obrigada ao Álvaro dos @literacidades e à @harleyaddams por me darem a conhecer este livro!

Classificação: 4/5


SINOPSE

Uma caixa de objectos abandonados no Hospital Psiquiátrico Miguel Bombarda contém as pistas para resgatar do esquecimento a vida de doentes que ao longo de décadas ali permaneceram confinados.
Coisas de Loucos teve origem na descoberta acidental de uma caixa de objectos de antigos doentes do primeiro hospital psiquiátrico português, o Miguel Bombarda.

Catarina Gomes inicia então uma série de investigações para encontrar os «loucos» a quem pertenciam esses objectos abandonados. Nascidos entre o final do século xix e o começo do século xx, muitos foram admitidos em «Rilhafoles», nome original do Bombarda. Os psicofármacos e a terapia ocupacional não tinham ainda sido inventados, e por isso o único «tratamento» que receberam foi o do isolamento.

Mas antes de serem forçadas ao confinamento estas pessoas tiveram família, amores, trabalho, tiveram planos de futuro. São essas suas vidas que Catarina aqui resgata do esquecimento.


segunda-feira, 1 de março de 2021

Novidade de Março - A Nova Índia de Iris Bravo

 


Pré-venda de 1 a 10 de março

Data de lançamento: 11 de março


A continuação da história de Sofia, que conhecemos em A Terceira Índia, já está em pré-venda a partir de hoje, com lançamento marcado para dia 11 de março.

O Livros e Papel foi um dos blogs escolhidos para divulgar a capa do novo livro, A Nova Índia.


SINOPSE:

O AGUARDADO DESENLACE DO ROMANCE QUE APAIXONOU MILHARES DE LEITORES

 Sofia assinou um acordo de divórcio e partiu para Moçambique.

 Disposta a viver aventuras e sem saber que continuava casada, envolveu-se com Alex, que lhe revelou os seus segredos e por que não queria ter filhos. Foi por isso que quando ela descobriu que estava grávida, regressou a Portugal sem lhe contar.

 Assim que aterra em Lisboa, o seu marido Ricardo espera-a, arrependido de a ter magoado e decidido a tudo para a reconquistar.

 Quando os seus olhos a fitaram, o seu coração parou. «E agora?»

 Dividida entre quem acreditava ser o homem da sua vida e um grande amor, a Terceira Índia terá de criar o seu futuro e enfrentar novas ameaças, que irão testar a sua coragem e levá-la aos seus limites

 

Tenho uma surpresa para ti!

Se usares o meu código de desconto LIVROSEPAPEL no site da Cultura Editora, o valor dos portes (3,50€) será gratuito durante a pré-venda de «A Nova Índia», de 1 a 10 de março