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domingo, 30 de maio de 2021

Opinião - A Mão que Mata de Lourenço Seruya

 





Este é o primeiro livro do autor Lourenço Seruya. Após os vários teasers publicados pela Cultura Editora, fiquei logo com muita vontade de ler esta obra de estreia.

A história desenvolve-se em Sintra, na casa da família Ávila. Após a morte do patriarca Henrique, os três filhos, Alexandre, António e Madalena decidem reunir-se durante um fim de semana para discutir a partilha dos bens. A mãe já tinha falecido uns anos antes mas a sua irmã, a Tia Manuela é também convidada a participar neste reunião familiar.

Um dia de manhã, ao acordarem, encontram a Tia Manuela morta na sala de estar onde todos estiveram na noite anterior. E é aqui que se inicia verdadeiramente este thriller. 

Vamos conhecer o Inspetor Bruno e o Inspetor Rodrigues da Policia Judiciária que ficaram responsáveis pela investigação desta morte. O jovem Inspetor Bruno é bastante perspicaz e sempre com muitos "feelings" quanto à direção que a investigação deve ter.

Foi uma leitura que gostei muito de fazer, que se lê muito rapidamente porque os capítulos são curtos e a narrativa consegue sempre manter o interesse do leitor. A par da história principal, vamos também conhecer a vida do Inspetor Bruno, que também está envolta em algum mistério. É uma história viciante e envolvente, de leitura fácil, com várias personagens interessantes e bem construídas. Gostei bastante das referências à cidade de Sintra. 

Todo o cenário é centrado quase exclusivamente neste ambiente fechado da mansão da família, onde todos são suspeitos. Começamos logo a suspeitar de um, depois de outro, e confesso que apenas quase no final da história é que percebi quem era a mão que mata. 

Dou os meus sinceros parabéns ao autor pela sua primeira obra!
A última página do livro fez-me querer ler já o próximo! Fico a aguardar ansiosamente.

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar e ao autor pelas simpáticas palavras da dedicatória.
Leitura conjunta do Clube Livros pelas Barbas.

SINOPSE

Numa fria manhã de inverno, é encontrado um cadáver numa mansão na Serra de Sintra.
A família Ávila estava aí reunida para formalizar as partilhas patrimoniais, na sequência do falecimento do patriarca e jamais imaginava que o processo seria interrompido daquela forma.
O Inspetor Bruno Saraiva e a sua brigada da PJ são chamados a investigar, deparando-se com um caso peculiar: a vítima não era propriamente adorada pelos familiares, mas também ninguém tinha motivos para a querer morta. Terá o homicídio resultado de um assalto?

As opiniões dividem-se e a família Ávila não parece muito disposta a colaborar com a polícia.
Até que é encontrado um segundo cadáver na mansão…

Bruno Saraiva não tem dúvidas que o assassino está naquela casa, mas não tem ninguém que o apoie nesta teoria. Sem provas concretas que sustentem a sua crença, o Inspetor faz uma viagem-relâmpago a uma aldeia do Norte. Aí, toma conhecimento de uma informação que o põe no encalço do assassino: alguém que está disposto a tudo para esconder um terrível segredo.


sexta-feira, 28 de maio de 2021

Opinião - Sobreviventes de Alex Schulman

 





Este é o primeiro livro publicado em Portugal do autor Alex Schulman. E após ler a opinião de algumas meninas aqui da comunidade livrólica, fiquei bastante curiosa.

O livro remete-nos para a Suécia, para uma casa de campo junto a um lago onde a família de Benjamin passava férias durante a infância dos filhos. Mãe, pai e três filhos: Benjamin, Pierre e Nils.

Após a morte da mãe, os três irmãos, já adultos, regressam à propriedade para deixar as suas cinzas, conforme o pedido da mãe. Os irmãos foram-se afastando uns dos outros à medida que foram crescendo e se tornaram adultos e esta viagem fá-los regressar à infância e àquilo por que passaram na casa do lago.

A narrativa é contada pelo Benjamin a dois tempos: no presente e no passado, altura da sua infância. Mas esta narrativa tem a peculiaridade de, a parte do passado ser contada ao contrário. Sabemos que houve um acontecimento traumático que afetou profundamente esta família mas ele é-nos cantado do fim para o início, o que permitiu que me prendesse totalmente a esta história.

Gostei muito desta história que está, desde o início, envolta numa atmosfera algo misteriosa e sombria. Há vários aspetos relatados que nos levam a crer que há algo de estranho e disfuncional nesta família. Um livro sobre família, sobre saúde mental e também sobre reencontros. Uma história que me cativou desde o inicio. Um final surpreendente que deu resposta às duvidas que me assolaram durante a leitura.

Após ter lido este livro, tive a felicidade de ser convidada pela Porto Editora para uma conversa online com o autor e outras meninas com projetos literários. Foi muito bom tê-lo conhecido e ter entendido um pouco mais da envolvência deste livro e desta família. Que bom que seria se pudesse sempre conversar sobre o autor depois de ler um livro.

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar e o convite para estar presente na conversa com Alex Schulman,


SINOPSE

Como chegámos a este ponto? Como pudemos nós os três, que éramos como um só na infância, afastar-nos tanto uns dos outros? Quando nos tornamos estranhos? O que aconteceu?
Três irmãos regressam à casa de campo junto ao lago onde, duas décadas antes, um terrível acidente mudou as suas vidas para sempre. Levam com eles as cinzas da mãe, cujo último desejo os apanhara de surpresa: sempre pensaram que ela desejaria ser sepultada ao lado do falecido marido.
Benjamin segue ao volante, conduzindo o carro e os irmãos numa viagem através do tempo, até uma época em que eram crianças entregues a si mesmas, perante a indiferença dos pais. São agora adultos. Três estranhos, inevitavelmente unidos por uma história comum de lutas pela atenção do pai e pelo amor imprevisível da mãe.
O falecimento da mãe traz velhos traumas à superfície, e a tensão entre os irmãos aumenta. Que segredo terá ficado enterrado no seu passado?

CRÍTICAS

“Adoro! A atmosfera sombria, a voz, a sensação de tragédia iminente no passado e de vidas despedaçadas no presente. (…) Um romance que permanece connosco muito depois de acabarmos de o ler.”

Chiara Scaglioni, Mondadori (Itália)

Sobreviventes, de Alex Schulman, é um romance envolvente e belíssimo, desde o seu chocante início até ao desconcertante final. (…) Estou ansiosa por fazê-lo chegar às mãos dos leitores.”

Ursula Doyle, Fleet (Reino Unido)


sábado, 22 de maio de 2021

Opinião - As Vinhas da Ira, John Steinbeck

 




Este romance transporta-nos para a década de 1930, altura da Grande Depressão, para os EUA, em concreto para o estado do Oklahoma.

A história é narrada por Tom Joad, um dos seis filhos do casal, acaba de sair da prisão, depois de 4 anos de encarceramento. Tom regressa à quinta da família para encontrar uma devastação completa provocada pelo tempo seco e tempestades de poeira que destruíram as plantações. Mas também devido ao início do uso de maquinaria que veio substituir a mão de obra. Havendo falta de trabalho, os bancos vieram logo cobrar os seus créditos, levando à pobreza da família e à escassez de comida.

A família Joad decide vender o pouco que tem e rumar para oeste, para a Califórnia, onde pensam existir muito trabalho disponível nas plantações. A narrativa centra-se nesta longa viagem até ao seu destino final. Ao percorrerem a Estada 66 encontraram tristeza, amargura e desanimo, mas também unidade, companheirismo e generosidade daqueles que foram encontrando pelo caminho, na mesma situação.

Li este livro na altura da polémica dos imigrantes trabalhadores agrícolas de Odemira, e facilmente esta história me fez lembrar esta realidade. Foi uma época que existiu um grande êxodo das famílias desta zona dos EUA em busca de trabalho e comida. E por haver muita oferta de mão de obra, os proprietários das terras e plantações aproveitaram-se do desespero dos trabalhadores para abusarem e explorarem estas pessoas. As condições de trabalho eram muitas vezes desumanas, tal como os locais onde pernoitavam. O autor mostrou bem o poder dos patrões sobre os trabalhadores, uma desigualdade gritante.

É lamentável que quase 100 anos depois ainda haja este tipo de exploração…

Gostei muito de ter lido este livro, a narrativa é algo lenta, mas apreciei e não me tirou a vontade de continuar a ler sobre a luta desta família. Um retrato muito cru e real do que foram estes difíceis anos nestas zonas rurais dos EUA. Uma saga familiar que aborda assuntos ainda muito atuais e que merece ser lida.

As Vinhas da Ira ganhou o prémio Pultizer em 1940 e John Steinbeck foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura em 1962.

Uma leitura conjunta que fiz para o projecto "Ler Steinbeck" da Dora Silva do canal Livros à Lareira com Chá. Obrigada Dora, sem este projeto muito provavelmente não teria lido esta história.


SINOPSE

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.

Na década de 1930, as grandes planícies do Texas e do Oklahoma foram assoladas por centenas de tempestades de poeira que causaram um desastre ecológico sem precedentes, agravaram os efeitos da Grande Depressão, deixaram cerca de meio milhão de americanos sem casa e provocaram o êxodo de muitos deles para oeste, rumo à Califórnia, em busca de trabalho. Quando os Joad perdem a quinta de que eram rendeiros no Oklahoma, juntam-se a milhares de outros ao longo das estradas, no sonho de conseguirem uma terra que possam considerar sua. E noite após noite, eles e os seus companheiros de desdita reinventam toda uma sociedade: escolhem-se líderes, redefinem-se códigos implícitos de generosidade, irrompem acessos de violência, de desejo brutal, de raiva assassina. Este romance que é universalmente considerado a obra-prima de John Steinbeck, publicado em 1939 e premiado com o Pulitzer em 1940, é o retrato épico do desapiedado conflito entre os poderosos e aqueles que nada têm, do modo como um homem pode reagir à injustiça, e também da força tranquila e estoica de uma mulher. As Vinhas da Ira é um marco da literatura mundial.


sexta-feira, 21 de maio de 2021

Novidade de Junho - Beartown A cidade dos grandes sonhos de Fredrik Backman

 




Lançamento: 2 de junho


SINOPSE

As pessoas dizem que Björnstad, a Cidade do Urso, está acabada. A pequena localidade aninhada nas profundezas da floresta tem vindo lentamente a perder terreno para as árvores, sempre invasoras. Mas junto ao lago existe um velho rinque, construído há gerações pelos trabalhadores que fundaram a cidade. E esse rinque é o motivo pelo qual as pessoas acreditam que o dia de amanhã será melhor do que o de hoje. A equipa de juniores de hóquei no gelo está prestes a competir nas meias-finais nacionais e tem realmente hipóteses de vencer. Todas as esperanças e sonhos deste lugar repousam agora sobre os ombros de uma mão-cheia de rapazes adolescentes.

Mas ser o responsável pelas ambições da povoação inteira é um fardo pesado, e o jogo das meias-finais torna-se o catalisador de um ato violento, que traumatizará uma rapariga e deixará Björnstad em pé de guerra. São feitas acusações que, como uma pedrada no charco, percorrem a cidade, afetando todos.

Beartown explora os grandes desejos que unem uma comunidade pequena, os segredos que a separam e a coragem necessária para um indivíduo lutar contra a corrente.


terça-feira, 18 de maio de 2021

Novidade de Maio - A Anomalia de Hervé Le Tellier

 




SINOPSE

Em junho de 2021, um acontecimento muito estranho altera a vida de centenas de homens e mulheres, todos passageiros de um voo Paris-Nova Iorque. Entre eles: Blake, pai de família e assassino a soldo; Slimboy, popstar cansado de viver na mentira; Joanna, advogada de topo apanhada nos seus erros; ou Victor Miesel, ghostwriter transformado em autor de culto.

Todos acreditam ter uma vida secreta. Nenhum deles imagina a que ponto isso pode ser verdade. Algo de muito estranho está prestes a acontecer.

A Anomalia é, em simultâneo, page-turner, thriller e um romance literário que explora aquela parte de nós que… nos escapa.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Hervé Le Tellier conseguiu escrever o romance impossível. É um thriller e um romance fantástico. Um page-turner eficaz e, ao mesmo tempo, literário.»
Le Figaro

«Um romance-mundo, uma fantástica máquina literária que nos agarra e faz planar bem alto.»
Elle

«Inteligente e divertido.»
Charlie Hebdo

«Extraordinário e inventivo.»
France 2

«Vertiginoso. Genial!»
Europe 1

«Diabolicamente inteligente.»
L'Humanité

«Tão eficaz quanto um thriller ou uma série de televisão.»
Les Échos Week-end

«Tudo nos seduz neste romance magistral.»
La Croix

«A eficácia narrativa deste livro é tão boa como o seu lado literário. Prendemo-nos a todas as personagens e às suas histórias, do início ao fim.»
Le Monde

«Virtuoso. Uma proeza literária.»
Lire

«Um livro que parece caído do céu: é um regresso ao que chamamos o grande romance.»
L'Obs

«A Anomalia trata da realidade contemporânea. Manipulação, brutalidade, jogos de influências, serviços secretos, histórias de amor e vigilância tecnológica. O romance sobre a verdadeira anomalia do mundo atual - literalmente absurdo e desequilibrado.»
Le Point


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Opinião - Arsène Lupin - Cavalheiro Ladrão de Maurice Leblanc

 





Depois de ter visto a primeira temporada da série baseada nesta personagem de Maurice Leblanc, fiquei muito curiosa por conhecer as obras que lhe deram origem.

Arsène Lupin é cavalheiro ladrão: através da sua inteligência, astucia e perspicácia consegue enganar qualquer um. Neste livro que nos transporta para Paris no início do século XX, vamos conhecer o "modus operandi" das suas tramoias. Capaz de, fácil e rapidamente se transformar em qualquer um, cheio de artifícios e artimanhas, é também uma figura divertida.

Conhecido por toda a França, o autor conta-nos alguns episódios da vida deste ladrão suis generis em pequenas histórias. A minha favorita foi a última, Herlock Sholmès Chega Demasiado Tarde, onde Arsène Lupin teve um encontro com Herlock Sholmès, o famoso detetive. O livro termina com a promessa de que os dois se irão encontrar brevemente.

Um livro que gostei muito de ler, com uma escrita simples, apesar da época em que foi escrito, o autor consegue prender o leitor com estas aventuras deste mestre do disfarce. Com algumas passagens que me fizeram rir, outras que me surpreenderam, uma leitura repleta de intriga que recomendo sem reservas aos apreciadores do género.

Vou certamente querer ler mais sobre esta personagem tão carismática.

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.

 SINOPSE

Ousado, sedutor e divertido, Arsène Lupin é o criminoso ladrão mais famoso do início do século XX. Responsável por uma série de crimes misteriosos em França, o anti-herói mantém um código de honra muito próprio: atormenta os seus oponentes, ridiculariza a burguesia e ajuda os mais fracos. Um Robin Hood muito francês, portanto. Não se leva muito a sério, a sua arma mais mortífera é a perspicácia e não é um aristocrata que se aclama como anarquista, mas sim um anarquista que vive como aristocrata.

Encarado como a irónica resposta francesa a Sherlock Holmes, este é o primeiro livro de uma série de vinte títulos empolgantes que Maurice Leblanc dedicou a Lupin, uma das personagens mais marcantes do policial de sempre.


sábado, 8 de maio de 2021

Opinião - Filhas de um Nova Era de Carmen Korn

 




A primeira parte de uma saga sobre a vida de quatro mulheres: Henny, Ida, Kathe e Lina. Passada em Hamburgo na Alemanha, a partir de 1919, vamos acompanhar a história de vida destas quatro personagens. Henny e Kathe são amigas desde tenra idade e juntas estão em formação para serem parteiras. Ida é uma menina mimada, rica, cujo pai é um empresário falido que necessita de "casar bem" a filha para garantir a continuidade dos seus negócios. Já Lina é professora e por isso mesmo não pode seguir a vida das amigas, pois está proibida de contrair matrimónio, uma das muitas imposições que existiam à época. As vidas destas quatro jovens mulheres encontrar-se-ão e criarão entre elas uma forte relação de amizade.

Um romance histórico que me cativou desde os primeiros capítulos, primeiro porque abrange o período do final da 1ª Guerra Mundial até o final da 2ª Guerra Mundial, o que nos permite, através destas mulheres conhecer a Europa da primeira metade do século XX. Segundo, porque é muito centrado nestas mulheres, no seu papel na família e na sociedade, e este retrato sociólogo da época está muito bem descrito e relatado ao longo de todo o livro. 

Uma história que aborda vários assuntos como a escolha da carreira em detrimento da família, a homossexualidade, o direito das mulheres a não querer ter filhos, as proibições a que as mulheres estavam sujeitas mas também o processo de ascensão de Hitler ao poder, a perseguição dos judeus, e inevitavelmente os campos de concentração. 

Com uma escrita clara e fluída, a autora presenteia-nos com várias personagens fortes. Mulheres corajosas com uma personalidade marcante e que quebram vários estereótipos da sociedade da época. Um livro que gostei muito de ler mas que, em certos momentos da narrativa, gostaria que a autora tivesse revelado um pouco mais de certos acontecimentos. Sem dúvida uma leitura que recomendo sem reservas aos apreciadores deste género literário. Ansiosamente à espera dos próximos volumes desta saga.

Classificação: 4/5

Agradeço à Editorial Planeta o envio de um exemplar.
Foi lido em leitura conjunta com a Sandra das Leituras Descomplicadas, a Bela de Books of Bela e a Filipa de The Door to a Better World


SINOPSE

A história emocionante de quatro mulheres que enfrentam juntas as suas próprias batalhas Hamburgo, 1919. A Primeira Guerra Mundial acabou e a cidade começa agora, finalmente, a despertar.

Henny e Käthe, amigas desde a infância, sonham tornar-se parteiras e acabam de iniciar a sua formação. Henny deseja deixar de viver na sombra da mãe, e a rebelde Käthe, convicta comunista, está apaixonada por um jovem poeta.
Outras duas mulheres se cruzarão nos seus caminhos: Ida, rica e mimada, filha de um importante empresário falido que pretende casá-la com um herdeiro rico; e Lina, uma jovem e humilde professora, que guarda um segredo do passado.

As quatro amigas tornam-se inseparáveis e, apesar das suas diferenças, crescem e enfrentam juntas os golpes e as alegrias do destino, a transformação do mundo, o fim das liberdades e a chegada da terrível ameaça nazi.
Grandes e pequenos feitos que ficarão para sempre ligados pelo elo da amizade.

Filhas de uma Nova Era é a primeira parte de uma emocionante saga sobre liberdade, amor e coragem que através de uma geração de mulheres que não se deixou arrastar pelas circunstâncias que lhes calharam em sorte, nos narra a fascinante história do século XX.


quarta-feira, 5 de maio de 2021

Opinião - Furriel Não é Nome de Pai, Catarina Gomes

 






Li há pouco tempo outro livro da jornalista Catarina Gomes e gostei bastante, por isso fui à procura de outros livros e este deixou-me muito curiosa.

É o resultado do trabalho de investigação da jornalista sobre os chamados "Filhos do vento"

Filhos que os militares portugueses tiveram com mulheres africanas na Guerra do Ultramar. Calcula-se que serão bastantes, comparando as estatísticas que existem de outras guerras.

Vamos conhecer esta realidade da qual pouco ou quase nada se fala. De tantos filhos que nunca conheceram os seus pais, portugueses, que serviram na guerra nas ex-colónias.

Conhecemos o testemunho de várias pessoas, hoje com mais de 40 anos, que nos explicam a sua dupla mágoa que sentem: terem sido ostracizados pelos seus por serem mestiços e ignorados pelos seus pais.

Alguns portugueses nunca souberam das crianças, outros souberam mas não puderam ou não quiseram trazê-la consigo. Outros nem sequer as reconheceram como filhos. Muitas mães não quiseram dizer aos pais com receio que as levassem para Portugal...

Um relato muito triste e que me tocou bastante. Uma vida vivida na dúvida, onde a maioria das pessoas tem escassos dados dos seus pais, muitos até dados incorrectos. Um busca inglória pelas suas identidades.

Mas no meio de tanta mágoa e incerteza há também alguns casos felizes de encontros.

Um livro muito bem escrito e interessante sobre um assunto esquecido também pelo Estado Português, que desconhece a dimensão desta realidade.

Classificação: 4/5


sábado, 1 de maio de 2021

Novidade de Maio - O que Dizer das Flores, Maria Isaac

 

Comprar aqui


O Que Dizer das Flores


Novo livro da autora portuguesa @maria_isaac_pt

Com data de lançamento marcado para dia 𝟮𝟬 𝗱𝗲 𝗺𝗮𝗶𝗼, já em pré-venda!

O Livros e Papel foi um dos blogs escolhidos para divulgar a capa deste novo livro. Obrigada @culturaeditora

O que acharam desta capa?


𝗦𝗜𝗡𝗢𝗣𝗦𝗘:

BEM-VINDO A MONT-O-VER!

Português que se ponha a caminho da montanha, no inverno, ou da praia, no verão, é certo passar por esta planície de canaviais; mais certo ainda, é nem dar por ela. A velha via-férrea passa-lhe ao lado e os comboios já nem sequer abrandam por aqui. Em tanto espaço igual, esta é paisagem fácil de se perder.

Pois permitam que vos apresente os ilustres da vila.

O padre Elias Froes, o homem santo que tem por hábito gastar tempo a pensar no mundo, raramente em si próprio. Guarda segredos que mais ninguém sabe.

Catalina Barbosa, aventureira e contestatária. Menina bem-comportada apenas aos domingos, quando a avó a amordaça dentro de um vestido bonito para ir à missa.

Rosa Duque, a mulher que, em tempos, teve tudo para ser feliz. Foi vencida por um coração partido e resgatada por uma flor.

Zé Mau, o terror na vida das crianças. Os irmãos Mondego, os vilões nas histórias dos adultos.

Este vilarejo pode até ser pequeno e parado, mas está cheio de gente atrapalhada com muita vida para esconder.

Descubram comigo o que aconteceu, afinal, na noite do grande incêndio uma década antes e quem são os verdadeiros heróis desta nossa história pitoresca, temperada com os habituais mal-entendidos.

Bem-vindo a Mont-o-Ver!