domingo, 27 de junho de 2021
Desafio Literário - Estações Literárias
quinta-feira, 24 de junho de 2021
Opinião - O que Dizer das Flores de Maria Isaac
Sob este vila paira um mistério de um grande incêndio, 10 anos antes, com consequências trágicas, ficando algumas pontas soltas, nunca tendo ficado bem explicado. Este acontecimento volta a estar na ordem do dia quando o responsável pelo incêndio foge da prisão...
Bem-vindo a Mont-o-Ver!
Português que se ponha a caminho da montanha, no inverno, ou da praia, no verão, é certo passar por esta planície de canaviais; mais certo ainda, nem dar por ela. A velha linha férrea passa-lhe ao lado e os comboios já nem sequer abrandam por aqui. Em tanto espaço igual, esta é paisagem fácil de se perder.
Pois permitam que vos apresente os ilustres da vila.
O padre Elias Froes, o homem santo que tem por hábito gastar tempo a pensar no mundo, raramente em si próprio. Guarda segredos que mais ninguém sabe.
Catalina Barbosa, aventureira e contestatária. Menina bem-comportada apenas aos domingos, quando a avó a amordaça dentro de um vestido bonito para ir à missa.
Rosa Duque, a mulher que, em tempos, teve tudo para ser feliz. Foi vencida por um coração partido e resgatada por uma flor.
Zé Mau, o terror na vida das crianças. Os irmãos Mondego, os vilões nas histórias dos adultos.
Este vilarejo pode até ser pequeno e parado, mas está cheio de gente atrapalhada com muita vida para esconder.
Descubram comigo o que aconteceu, afinal, na noite do grande incêndio de há uma década e quem são os verdadeiros heróis desta nossa história pitoresca, temperada com os habituais mal-entendidos.
Bem-vindo a Mont-o-Ver!
segunda-feira, 14 de junho de 2021
Opinião - Garra de Cecelia Ahern
Já li alguns livros da autora Cecelia Ahern e tenho gostado muito dos seus romances. Por isso fiquei entusiasmada de saber que iria sair um novo livro em Portugal. Adorei a capa deste livro, tem umas cores lindas e acho que espelha bem as histórias contadas.
Este livro é diferente do seu género habitual. São 30 contos que giram em torno das mulheres e das suas experiências enquanto tal. Gostei bastante dos temas e das mensagens que as histórias nos quiseram transmitir e, em algumas delas, consegui identificar-me com as situações. Penso que qualquer leitora mulher conseguirá se identificar com algum destes contos. A autora abordou assuntos deveras importantes com o casamento, a maternidade, a violência, os nossos desejos, os nossos medos, a culpa que por vezes sentimos assim como a frustração, a insegurança mas acima de tudo a garra que temos. Estas histórias demonstram, acima de tudo, que é possível mudar e corrigir estes sentimentos menos positivos. É um livro diferente, são histórias escritas com fantasia e realismo mágico, e penso que foi isso que não me seduziu tanto.
Gostei particularmente da primeira história "A mulher que desaparece lentamente", sobre uma mulher que vai desaparecendo literalmente, os outros e ela própria vão deixando de a conseguir ver. Ao dar-se a ela própria pouca importância, desvalorizando-se, ela começou a ficar transparente, e ninguém a conseguia ver.
Foi uma leitura que gostei de fazer e é um livro que tem várias mensagens importantes a transmitir ao leitor. Faz-nos parar para pensar na sociedade de hoje, nos desafios que as mulheres ainda têm de enfrentar. Como a verdadeira igualdade ainda não está alcançada mas que, muitas vezes, temos mais força e garra do que pensamos, para podermos dar a volta por cima e superar os desafios.
Classificação: 3/5
Agradeço à editora Suma de Letras o envio de um exemplar.
Se quer rir, comover-se, amar, sentir menos culpa, chorar, ser confortada, mostrar a garra existe uma história para si.
Garra são 30 histórias interligadas, que capturam as diferentes facetas da vida das mulheres. Divertidas, comoventes, surreais e instigantes, as histórias capturam os momentos em que as personagens são dominadas pela culpa, a confusão, a frustração, a intimidação, a exaustão - aqueles momentos em que sentem a necessidade de mostrar a garra.
A autora bestseller Cecelia Ahern, traz-nos uma coleção ferozmente feminista de histórias que iluminam, às vezes de maneira fantástica, como as mulheres navegam o mundo hoje. Ahern assume os aspectos familiares da vida das mulheres - as rotinas, os constrangimentos e os desejos - e os eleva com a sua mistura astuta de realismo mágico e percepção social.
terça-feira, 8 de junho de 2021
Opinião - Gambito de Dama de Walter Tevis