Este é o primeiro livro que leio do autor escocês Peter May, publicado inicialmente em 1981, esta é uma reedição. É um dos seus primeiros livros publicados e esta edição foi revista pelo autor. A história transporta-nos para 1979 em Bruxelas para um ambiente político em torno da então CEE.
Neil Bannerman é um jornalista que foi destacado para este cidade belga para fazer investigação política. Ficou hospedado na casa do colega Tim Slater que tem uma filha autista, Tânia, com a qual Neil estabelecer logo uma relação especial assim que se conhecem.
Poucos dias depois da sua chegada a Bruxelas, dois homens são encontrados mortos a tiro numa mansão: um deles é o Ministro de Estado britânico para a Europa e o outro é o colega Tim Slater. Rapidamente a polícia diz que se mataram um ao outro mas Neil não acredita nessa tese, até porque Tânia estava escondida na mansão e presenciou os acontecimentos. Mas devido ao seu problema não consegue contar o que viu, apenas o faz por desenhos. Vai fazer a sua própria investigação e tentar descobrir quem matou Slater e Gryffe.
Gostei bastante desta história, especialmente porque sendo passada na altura que foi a investigação policial e jornalística é feita sem qualquer recurso às novas tecnologias. Uma investigação "à moda antiga". É bom para variar um pouco. Além das referências a certos pormenores da época dos quais já nos esquecemos.
O autor deu voz ao assassino, tornando-o um dos narradores desta história o que permitiu saber desde o início o que tinha acontecido. Mas nunca perdi o interesse na trama pois nunca sabemos quem nem o que está por detrás destas mortes.
Não foi um final que deslumbrou mas gostei de toda a explicação da motivação dos crimes. Vou querer ler mais livros de Peter May.
Classificação: 3,5/5
Agradeço à editora o envio de um exemplar.
Um jornalista sem medo.
Neil Bannerman, um experiente jornalista, é enviado para Bruxelas, para reportar o que espera ser, apenas, uma conspiração política. Porém, a tragédia instala-se à chegada, quando dois britânicos, um influente político e um outro jornalista, são encontrados mortos.
Uma criança sem pai.
No seu aparentemente insensível desprendimento, Bannerman vai-se aproximando de Sally, uma corajosa mulher que lhe mostra muito mais do que ele esperava saber ou encontrar, e também de Tania, uma criança autista, filha de um dos assassinados, que viu o crime escondida num armário.
O homem sem rosto.
Bannerman aventura-se numa intrigante história que parece estabelecer uma ligação entre as mortes e a investigação jornalística que o enviara para Bruxelas em primeiro lugar, enquanto um impiedoso assassino se movimenta pela cidade. Conseguirá ele proteger a criança e desmascarar o assassino ou será já demasiado tarde?
Guardian
«Fortíssimo.»
The Times