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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Opinião - A Décima Ilha de Diana Marcum




Fiquei muito curiosa com este livro assim que soube dele, um autor estrangeiro com uma experiência de vida passada em Portugal deixou-me logo curiosa.

Num misto de livro de viagens e livro de memórias, a nossa protagonista, Diana Marcum é uma repórter norte americana que vive na Califórnia. Lá descobre uma comunidade de imigrantes oriundos dos Açores, mais propriamente da ilha Terceira. Ficou fascinada por este grupo, pelas suas histórias e pelas tradições que ainda mantém mesmo longe de casa como as festas que celebram e a comida que preparam. Uma comunidade muito orgulhosa das suas origens.

Numa fase menos boa da sua carreira, Diana resolve viajar e ir conhecer a Terceira. Acompanhamos então esta viagem, as descobertas e as histórias que protagonizou e conheceu. Apesar de não conhecer a Terceira, apenas visitei a ilha de S. Miguel, a autora conseguiu transmitir-me a mística que os Açores têm, muito influenciada pelo mar. A beleza, a natureza e a serenidade daquela ilha em contraste com as festas populares, a força do mar e as dificuldades da condição insular, mas também a saudade. A saudade dos que ficam e vêem partir e a saudade de quem parte e não esquece o que deixou.

Não é uma leitura compulsiva, não é leitura surpreendente, mas é sem dúvida uma leitura que aquece o coração e deixa marca. Acredito que não deixará ninguém indiferente. Recomendo!

Classificação: 4/5

Agradeço à Cultura Editora pela cedência deste livro.

SINOPSE

A repórter Diana Marcum está a sofrer uma crise. Envolvida por uma tristeza pessoal há muito enterrada - e com a sua carreira parada - descobre um grupo incomum de imigrantes que moram na zona rural da Califórnia. Ela segue-os, na sua viagem anual de regresso às remotas ilhas dos Açores, onde os touros correm pelas ruas, existem vulcões ativos e as pessoas inventam festas para combater a saudade - um sentimento tão profundo que a palavra não tem tradução para outros idiomas.

Uma viagem pelas ilhas dos Açores, onde a repórter Diana Marcum, com a companhia do seu labrador Murphy, descobre que ainda existem coisas pelas quais anseia - e uma delas poderá ser um amor inesperado.


quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Opinião - Milkman de Anna Burns





Este livro é um pouco diferente do habitual, isto porque as personagens e os locais não têm nome. Não sabemos o nome da cidade onde decorre a acção mas pela descrição dos factos facilmente se depreende que seja na Irlanda do Norte, nos anos 70. Portanto o cenário é o de um conflito político, onde há duas fações que na história estão bem explicitas. É uma época muito tensa, onde as saídas à noite e em certas zonas eram proibidas, estando decretado recolher obrigatório. Um cenário de repressão e de medo constante, onde todos conhecem histórias de pessoas assassinadas por motivos políticos.

A protagonista e narradora desta hitória é uma rapariga de 18 (a irmã do meio) que, apesar de ter um "namorado mais ou menos" surge o rumor de que se está a encontrar com o leiteiro (Milkman), um homem com cerca de 40 anos. É aí que começa uma chuva de rumores pelo bairro onde mora, o que vai influenciar, em muito, a vida da nossa protagonista.

A irmã do meio tenta desmentir os rumores e nem a sua família, nomeadamente a mãe acredita nela. Ela, na verdade, é perseguida e assediada pelo leiteiro mas a sociedade só vê o que quer...
Toda a história é uma descrição do que se vai passando na sua vida, na sua cabeça, seus sentimentos e emoções.

Confesso que não foi um livro fácil de ler, primeiro porque o pensamento da protagonista se repete um pouco e divaga para outros assuntos e depois porque a acção é um pouco lenta.
Mas gostei da história em si, do relato de algumas questões e pormenores do conflito na Irlanda do Norte que desconhecia e a questão da violência física e psicológica que muitas vezes é tão subtil que questionamos se ela realmente existe.

Classificação: 3/5

Agradeço à Porto Editora que gentilmente me cedeu um exemplar.


SINOPSE
Nesta cidade sem nome, ser interessante é perigoso. A irmã do meio, protagonista deste romance, empenha-se em evitar que a sua mãe descubra a identidade do namorado e em não dar explicações sobre os encontros com o leiteiro. Mas quando o cunhado um descobre a situação e começa o rumor, a irmã do meio torna-se «interessante». A última coisa que queria ser. Porque, nesta cidade, ser interessante implica que te prestem atenção e isso é perigoso.

Num original misto de inocência e perspicácia, com um estilo único, torrencial e anónimo muito próprio da oralidade, a narradora partilha com o leitor a sua vida, profundamente marcada pela violência física e psicológica.

Milkman, de Anna Burns, é uma comovente história feita de rumores e falatório, de aceitação e resistência, de silêncio e surdez intencional, que decorre no auge dos conflitos entre as duas irlandas e que espelha o que de pior há no ser humano.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«A narradora subverte o status quo não por ser abertamente política, heroica ou por se opor de forma violenta, mas por ser original, divertida e, de um modo desarmante, oblíqua e única: diferente.»
The Guardian
«Milkman [...] é um livro impressionante, eloquente, frequentemente engraçado e confirma Anna Burns como uma das nossas estrelas literárias em ascensão.»
The Irish Times




sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Novidades de novembro - Mistério em Nine Elms de Robert Bryndza





SINOPSE

Kate Marshall era uma jovem e promissora detetive da polícia londrina quando apanhou o famoso assassino em série que operava na região de Nine Elms. Mas a sua maior vitória transformou-se de súbito num pesadelo devido a uma série de circunstâncias inesperadas. Traumatizada, traída e publicamente vilipendiada, Kate pouco pôde fazer enquanto via a sua carreira ser julgada na praça pública.

Mais de quinze anos passados desde esses acontecimentos, embora o seu tempo na polícia esteja ainda bem presente, vive agora uma vida tranquila numa cidade pacífica da costa inglesa. Um dia, porém, Kate recebe uma carta de alguém que faz parte do seu passado e é novamente lançada para a mente distorcida de um assassino que conhece demasiado bem, vendo-se envolvida nos meandros de um caso que só ela poderá resolver.

Com um talento invulgar para entrar na mente criminosa, Kate recorre às suas prodigiosas e há muito descuradas competências de investigadora para enfrentar um caso cujo sucesso promete redenção. Mas há demasiado em jogo: não é só Kate que quer apanhar o assassino… ele também a quer encontrar.

Um thriller brilhante, misterioso e inteligente.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Robert Bryndza é um génio e eleva o nível do género!»
The Quiet Knitter

domingo, 13 de outubro de 2019

Opinião - Crime, Disse o Livro de Anthony Horowitz





Foi deixado na secretaria da editora Susan Reyland o manuscrito do último livro do conceituado autor de policiais Alan Conway. Será o nono e último livro da saga Atticus Pund. Mas quando o protagonista da história está prestes a revelar quem é o autor do crime, o manuscrito termina e Susan não sabe o que aconteceu aos últimos capítulos do livro.

Susan começa então a busca pelos capítulos perdidos, até que Alan Conway é encontrado morto... é então que Susan se predispõe a descobrir o que aconteceu. Há uma história dentro da história.

Não me alongando mais nas histórias, digo-vos que é um livro que me prendeu logo nos primeiros capítulos. Gostei muito da escrita do autor, torna-se viciante saber mais sobre o que de facto aconteceu em ambas as histórias. É um policial "à moda antiga" que faz lembrar os mistérios da Agatha Christie, cheio de voltas e reviravoltas que deixam o leitor cheio de adrenalina. E onde há tantos suspeitos com motivos para serem eles o criminoso...

É um livro perfeito para os amantes de policiais e histórias de detectives, gostei bastante e por isso recomendo sem reservas! É, sem dúvida, um livro diferente.

Classificação: 4/5


Agradeço à Clube do Autor pela cedência de um exemplar.


SINOPSE
ABSORVENTE e VICIANTE; e com um final verdadeiramente prodigioso!

Existem vários mistérios por resolver dentro das páginas deste livro. Tudo começa quando Susan Ryeland se senta para ler o manuscrito do autor mais vendido da editora onde trabalha. Porém, a narrativa termina abruptamente no ponto em que o detetive da história está prestes a revelar o assassino, levando por isso Susan a procurar os capítulos perdidos. Mas este é apenas o ponto de partida de um dos mistérios…

Extraordinariamente bem concebido e bem escrito, em Crime, disse o livro encontramos duas histórias que correm em paralelo, personagens interessantes e autênticas, tramas sólidas, inteligentes e bem estruturadas, várias reviravoltas e, por fim, um desenlace absolutamente surpreendente.

E se um mistério dentro de outro mistério significa o dobro da adrenalina, para os fãs do género este livro traz também prazer a dobrar. Prepare-se: vai ser difícil pousar o livro!
CRÍTICAS
«Um policial tão bom quanto as obras de Agatha Christie.»
Stephen King
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Um engenhoso livro dentro de outro livro sobre o último romance e homicídio de um escritor famoso. Uma magnífica obra de ficção.»
Sunday Times

«Perfeito para os fãs dos policiais clássicos.»
Time Magazine

«Muito bem escrito, com grandes suspeitos e uma recriação de época perfeita.»
Spectator

«Um duplo mistério que conquista os leitores que procuram uma abordagem mais clássica ausente dos thrillers atuais.»
The New York Times



sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Novidades - Conta-me o teu segredo de Dorothy Koomson





SINOPSE

Pieta tem um segredo.
Há 10 anos, Pieta foi raptada por um homem que se autointitulava "O Assassino da Venda", e que prometeu não a matar se mantivesse os olhos fechados por 48 horas. Pieta nunca contou a ninguém o que lhe aconteceu, decidindo seguir com a sua vida como se nada se tivesse passado. Mas quando "O Assassino da Venda" começa a perseguir as vítimas sobreviventes, Pieta percebe que terá de revelar o seu segredo para salvar a própria vida...

Jody tem um segredo
Há 15 anos, Jody, polícia, cometeu um erro terrível que permitiu que o criminoso em série conhecido como "O Assassino da Venda" escapasse em liberdade. Ao descobrir que a jornalista Pieta sobreviveu a um ataque desse mesmo homem, Jody percebe que talvez tenha encontrado uma forma de o apanhar. Mas essa decisão poderá colocar a vida de duas pessoas inocentes em risco...
Pieta e Jody mantiveram o silêncio para se protegerem. Se o revelarem agora, estarão a salvar ou a sacrificar alguém?
O novo e emocionante thriller da autora de a filha da minha melhor amiga
CRÍTICAS DE IMPRENSA
Koomson está cada vez melhor.
Woman & Home