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domingo, 2 de agosto de 2020

Opinião - O Carteiro de Auschwitz de Joe Rosenblum e David Kohn






Ultimamente tenho lido bastante sobre esta temática da 2ª Guerra Mundial e Holocausto. E a verdade é que não me canso e tenho aprendido em todos elas.

Joe Rosenblum decidiu, perto dos 70 anos de idade, que estava na altura de por escrito tudo aquilo por que passou nos seus anos de juventude e contar o que aconteceu à sua família. E este é o resultado das suas memórias.

Joe era adolescente quando a Alemanha invadiu a Polónia, o seu país. E sendo judeu a vida desafogada que levava sofreu uma volta de 360º. 
Joe teve a sorte e a felicidade de escapar a uma execução em massa que ocorreu na sua cidade mas onde um dos seus irmão foi morto.
Acabou por ser acolhido numa grande quinta onde trabalhou e teve acesso a bastante comida que conseguia partilhar com a sua família que tinha ficado no gueto. Mas no inverno regressava a casa para ajudar o pai no trabalho pois era muito duro fisicamente e o pai estava a ficar esgotado. Porém a falta de comida voltava a ser um grande problema. 

Até que um dia Joe foi apanhado e enviado para o campo de concentração Majdanek. E aqui confesso que as descrições foram bastante cruas, reais e chocantes. Algumas passagens onde o autor descreve a única comida que tinha conseguido encontrar foi um verdadeiro murro no estômago. Como se vive com fome constantemente durante 3 anos? Como se consegue ter vontade de viver e esperança em continuar vivo numa situação destas? Não consigo responder... A preocupação de Joe era sempre conseguir manter-se vivo mais um dia...

Joe é um sobrevivente, tal como ele refere no epílogo, uma mistura de factores permitiu a sua sobrevivência: resiliência, sorte, oportunidade, coragem, muita esperança e pensamento positivo mas também muita bondade. Joe sempre pensou nos outros e sempre ajudou os outros mesmo quando tinha quase nada para dar.

Um testemunho real, muito forte e duro do que este jovem passou, coisas que ninguém consegue sequer imaginar: tortura, fome, doença, assistir à morte do irmão e lidar diariamente com a morte dos outros à sua volta. E tudo aquilo que teve de fazer para se manter vivo mas sempre à espera de ser a sua vez de morrer...

Gostei muito do epílogo, onde Joe nos fala hoje as duas emoções em relação ao seu passado. Como se vive com estas memórias?

Classificação: 5/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.

                                                         
SINOPSE

O Carteiro de Auschwitz é a história verdadeira de um adolescente a quem tentaram roubar a vida e os sonhos. Apanhado no turbilhão do Holocausto, este jovem sobreviveu a uma sequência de dramas tão angustiantes que se torna difícil aceitá-los como factos reais.



Uma confiança inabalável, uma bondade sem limites, um exemplo perfeito de bravura e carácter.

Joe Rosenblum era ainda criança quando assistiu à invasão nazi da sua pequena cidade na Polónia. Foi por pouco que escapou à execução em massa de que foi vítima o irmão. Joe mudou-se primeiro para uma quinta, onde trabalhou, e cujos proprietários o protegeram e o ajudaram a prover o sustento da família durante algum tempo. Depois, viu-se obrigado a refugiar-se junto de ex-prisioneiros russos. a sua inacreditável jornada de sobrevivência começa após ser capturado pelos alemães.

O mensageiro secreto que sobreviveu ao campo de concentração mais terrível da história.

Inteligente, criativo e extremamente pragmático, Joe desafiou a morte, transportou a esperança e deu um exemplo perfeito de humanidade, otimismo e perseverança. com uma bondade sem limites, ele entregou mensagens secretas aos prisioneiros, salvou crianças da câmara de gás e devolveu a luz e a esperança ao coração dos homens num dos períodos mais terríveis da história mundial.

Uma poderosa mensagem de fé e esperança na humanidade.
CRÍTICAS
«Vai comover-se, chorar e torcer por este jovem adolescente, que revela uma capacidade de sobrevivência inigualável. Mesmo reduzido a um animal faminto, supera os nazis no seu próprio jogo. Estamos perante uma saga carregada de emoção.»

Arthur Hiller, realizador de cinema

4 comentários:

  1. Olá, adorei o post, já estava a muito tempo para comprar o livro mas andava indecisa mas com este post vou mesmo comprar o livro :)

    Beijinhos :*
    omundodapequeninaaa.blogspot.com

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  2. Já não consigo ler coisas sobre as atrocidades na segunda guerra mundial há muito tempo. Foi um período extremamente negro para o sadismo humano. Fico mesmo perturbado pelos relatos. É uma história que nunca devia ser repetida, mas infelizmente vamos vendo, espalhados pelo mundo, relatos de guerra onde os piores sentimentos do ser humano estão presentes...

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  3. Este é o livro que estou neste momento a ler. Como vou nas primeiras páginas não tenho ainda uma opinião formada, mas penso que vou gostar deste relato.

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