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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Novidade de Março - O Homem Mais Feliz do Mundo de Eddie Jaku

 




SINOPSE

Eddie Jaku nasceu na Alemanha em 1920 no seio de uma família judaica, sempre carregando com orgulho a sua nacionalidade. No entanto, tudo isso mudou drasticamente em Novembro de 1938, quando foi detido, espancado e levado para um campo de concentração. Depois de sobreviver aos mais desumanos horrores, perder os seus familiares, amigos e o seu país, Eddie fez uma promessa: sorrir todos os dias. Hoje acredita ser o «homem mais feliz do mundo».

Por ocasião do seu 100. º aniversário, Eddie Jaku oferece-nos um testemunho poderoso, desolador e, ao mesmo tempo, derradeiramente optimista de como a felicidade pode ser encontrada até no momento mais sombrio da Humanidade.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Depois de ler este livro, sinto que fiz um amigo. Uma história bela contada por um homem verdadeiramente surpreendente.»
Daily Telegraph


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

 





Se Isto é Uma Mulher é um livro sobre o campo de concentração de Ravensbruck, uma campo para mulheres.

Este campo, ao contrário de outros que foram adaptados, foi criado de raiz para este fim ainda antes do início da 2a Guerra Mundial por Himmler, o líder da SS.

Se no início achei que as condições das mulheres eram um pouco melhores do que costumo ler, pois havia lençóis, almofadas, sanitas e legumes na sopa, à medida que fui lendo fui ficando cada vez mais revoltada.

A dada altura decidiram fazer experiências médicas nas mulheres, porque muitos combatentes alemãs morriam devido a infeções do estilhaços que apanhavam em combate.

As mulheres sujeitas às experiências mais atrozes e desumanas chamaram-se a elas próprias de "coelhas".

Mas o que mais me custa ler é saber que em 100 bebés nascidos em Ravensbruck, ao fim de 1 mês, tinham falecido 100...
E que num total de 600 bebés nascidos, 40 sobreviveram, mas desses, muitos foram para outros sub campos e por isso não se sabe se resistiram ou não...

Não posso deixar de fazer referência ao trabalho destas mulheres numa das fábricas da Siemens. A empresa pagava ao campo valores irrisórios e as mulheres fazia todo o tipo de trabalho, em grande perigo para a sua vida e em condições terríveis. Nunca a Siemens foi a tribunal ou responsabilizada pelos seus atos... E não foi a única empresa alemã a recorrer a este tipo de mão de obra...

Quando a autora começa a falar da libertação do campo, queremos respirar de alívio pelo fim de tanto sofrimento mas não é isso que acontece...

Achei um livro um pouco difícil de acompanhar porque não é contado do ponto de vista de ninguém mas sim um conjunto de factos e relatos compilados. A autora avança e recua no tempo, há muitas personagens o que no início me dificultou a leitura.

Estes livros conseguem sempre transmitir sentimentos tão contraditórios: por um lado a crueldade do Homem mas por outro a amizade e a entre-ajuda destas pessoas que passaram por este inferno.

Um livro duro, cru e muito difícil de ler mas uma leitura necessária.

Leitura conjunta do grupo Marcada Pelos Livros. Obrigada a todas que acompanharam esta leitura.

Classificação: 4/5

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Opinião - 10 Minutos e 38 segundos Neste Estranho Mundo, Elif Shafak

 





Leila morreu, ela sabe que morreu. Mas a sua consciência ainda vive mais 10 minutos e 38 segundos. E por cada minuto que passa, Leila recorda-se da sua vida. Este livro começa pelo fim.

Nestes minutos de consciência que lhe resta, vamos conhecer o passado de Leila, os seus 5 grandes amigos e como ela chegou ao fim da sua vida.

A história é passada na Turquia, onde Leila nasceu em 1947 numa pequena e pobre aldeia. Acompanhamos a infância e adolescência de Leila, no seio de uma família humilde, onde as tradições religiosas eram muito vincadas.

Jovem adulta decide ir viver para Istambul para fugir de uma vida pobre e difícil, cheia de esperança e sonhos.

Gostei muito desta história de vida muito bem construída e contada. Uma leitura muito empolgante e emotiva.

Foi muito interessante ter conhecido mais profundamente a cultura e a mentalidade turca da época. Os costumes, as comidas mas também a situação política e social de uma cidade cheia de contrastes.

Um relato cru, real e triste de uma vida difícil.

Já conheciam esta autora? Que outro livro dela recomendam?

Classificação: 4/5



SINOPSE

No primeiro minuto que se seguiu à sua morte, a consciência de Leila Tequila começou a abrandar, lenta e firmemente, como uma maré a recuar para a costa. As suas células cerebrais, tendo ficado sem sangue, estavam agora completamente privadas de oxigénio. Mas ainda não se tinham desligado. Não de imediato. Uma última reserva de energia ativara inúmeros neurónios, ligando-os como se fosse a primeira vez. Embora o coração tivesse parado de bater, o cérebro estava a resistir, um combatente até ao fim...

Para Leila, cada minuto após a sua morte traz consigo uma recordação sensual: o sabor do guisado da cabra sacrificada pelo pai, para celebrar o nascimento de um filho há muito esperado; a visão de panelões borbulhantes com uma mistura de limão e açúcar, que as mulheres usam para depilarem as pernas, enquanto os homens se encontram na mesquita; o aroma a café de cardamomo que Leila partilha com o estudante atraente, no bordel onde trabalha. Cada recordação também traz consigo os amigos que fez em cada momento importante da sua vida - amigos que agora estão desesperados para a tentar encontrar...

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Um romance rico e envolvente que dá voz aos invisíveis, aos intocáveis, aos desfavorecidos e aos que mais sofrem na sociedade, transformando as suas canções de dor em algo belo.»
Financial Times

«Uma prosa lírica e, por vezes, mágica... uma carta de amor a Istambul.»
The Economist

«Elif Shafak escreve com visão, coragem e compaixão... um retrato magnífico de uma cidade, uma sociedade , uma pequena comunidade e de uma alma singular.»
The New York Times Book Review

«Extremamente comovente.»
The Sunday Times

«Extraordinário.»
The Guardian


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Opinião - O que Contamos ao Vento de Laura Imai Messina

 




Este foi um daqueles livros que me cativou logo pela capa e depois de ler a sinopse, fiquei rendida.

No Japão, na Montanha de Baleia existe um jardim chamado Bell Gardia. Nesse jardim há uma cabine telefónica com um telefone que não funciona. Este telefone não funciona da forma tradicional, da forma como achamos que um telefone deve funcionar, mas serve para quem perdeu alguém na sua vida, possa falar com essa pessoa.

Neste história conhecemos Yui, uma jovem japonesa de 30 anos que perdeu a filha de 3 anos e a mãe no terrível tsunami que assolou a ilha em 11 de março do ano de 2011. Ela é locutora de rádio e num dos seus programas, um ouvinte falou-lhe deste jardim e deste telefone especial, o Telefone do Vento. Yui ficou a pensar no que ouviu e acabou por lá ir, mesmo ficando a uma distância de 7 horas de Tóquio, onde mora.

Na sua busca pelo jardim e pelo telefone, Yui conhece Takeshi, um jovem médico que também perdeu alguém na sua vida, a mulher, vítima de doença. Desde a morte da mãe que a pequena filha Hana deixou de falar.
Yui vai conhecendo várias pessoas relacionadas com o Telefone do Vento, como o guarda do jardim e outras pessoas que vai encontrando e conhecendo que também recorrem ao telefone para minimizarem a seu dor.

É uma história escrita por uma autora italiana a viver no Japão há 15 anos e por isso a narrativa tem muitos apontamentos da cultura nipónica que tão bem encaixam na história, dando-lhe harmonia.
Foi um livro que gostei muito de ler e que, apesar de estar centrado na morte e no sofrimento, foi uma leitura que me transmitiu bastante paz, tranquilidade e esperança. A autora conseguiu abordar acontecimentos trágicos sem transmitir uma carga emocional pesada e sofrida.
Uma história bonita que aborda o luto mas também o amor, recomeços e segundas oportunidades que toca o coração.
É um livro diferente que recomendo, sem reservas, que leiam. 

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.



SINOPSE

No lado íngreme de Kujira-yama, a Montanha da Baleia, existe um imenso jardim chamado Bell Gardia. No meio há uma cabine, dentro da qual repousa um telefone que não funciona, carregado de vozes sopradas ao vento. De todo o Japão, milhares de pessoas que perderam alguém passam por ali todos os anos e usam o telefone para falar com aqueles que já partiram.
Yui é uma jovem de trinta anos, e 11 de Março de 2011 é a data que a mudou para sempre. Naquele dia, o tsunami varreu o país onde mora, engoliu a sua mãe e a sua filha, tirou-lhe a alegria de estar no mundo.
Ao saber, por acaso, daquele lugar surreal, Yui vai até Bell Gardia e conhece Takeshi, um médico que mora em Tóquio e tem uma filha de quatro anos, que emudeceu no dia em que a mãe morreu. Quando Yui percebe que aquele lugar precioso corre o risco de ser arrasado por um furacão, decide enfrentar o vento, tanto aquele que sacode a Terra como o que levanta a voz de quem já não está presente.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Contada delicadamente e com muito cuidado, esta parece uma história particularmente ressonante para os dias que correm.»
Stylist


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Novidades de Fevereiro

 





SINOPSE

Um jovem autor português instala-se numa residência para escritores em Seul para escrever o seu próximo romance. Em vez disso, deambula pela cidade com a namorada, possivelmente grávida, e entrega-se a todo o tipo de fait divers mais ou menos absurdos, não obstante a pressão dos editores.

Nesta quase variação indolente do escrivão Bartleby, João Reis apresenta-nos uma personagem que parece cair dentro de si numa espiral vertiginosa e quase joyceana, lançando, ao mesmo tempo, um olhar amargo e mordaz sobre os colegas de profissão, os editores e outras figuras do meio editorial português.

Ao deixar-se levar pelo fluxo dos acontecimentos, detendo-se obsessivamente num e noutro pormenor irrelevante, Rodrigo encarna o protótipo do anti-herói desencantado e imperfeito, derrotado à partida pela ficção da vida.