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domingo, 27 de junho de 2021

Desafio Literário - Estações Literárias

 





Maratona Estações Literários - Primavera

Dia 21 de junho terminou este desafio da Primavera e consegui completar todas as categorias.

Muitos destes livros lidos já têm opinião aqui no blog ou no Instagram.

Foram, no geral, leituras muito boas, tirando apenas uma que gostei menos. Mas às vezes acontece quando saímos da nossa zona de conforto e experimentamos géneros diferentes do habitual.


Obrigada @croma_dos_livros e @thephoenixflight por este desafio. Já estou pronta para o próximo do verão. Quem quiser mais informações é só espreitar instagram das meninas organizadoras, clicando nos nomes.


Gostam de participar neste tipo de desafios literários?


quinta-feira, 24 de junho de 2021

Opinião - O que Dizer das Flores de Maria Isaac

 




Depois de ter lido e gostado muito de Onde Cantam os Grilos, não podia deixar de ler este novo livro de Maria Isaac.

Com um cenário semelhante, esta história remete-nos para um vila rural tipicamente portuguesa, Mont-o-Ver, onde a autoestrada fez desviar o caminho dos seus visitantes, tornando este lugar pacato e com pouco movimento. Facilmente identificamos e conhecemos algum lugar como este onde todos se conhecem e tudo, ou quase tudo, se sabe, onde o café, a farmácia, a mercearia e também a Igreja têm um papel essencial na vida destas gentes. Um lugar onde tudo se faz para manter as aparências e fazer o que é o correto, e quando há alguém ou alguma coisa que saia do que é considerado "normal", é olhado de lado.

Pois esta é uma história rica em personagens, quer pelo seu número, quer pelas suas características. Se no início senti-me um pouco confusa com tantas, facilmente consegui acompanhar e ligá-las entre si. Uma história sobre pessoas, famílias, encontros e desencontros, amor, amizade, solidão e sobre segundas oportunidades cheia de mistério e segredos que prendem o leitor a este enredo.
Sob este vila paira um mistério de um grande incêndio, 10 anos antes, com consequências trágicas, ficando algumas pontas soltas, nunca tendo ficado bem explicado. Este acontecimento volta a estar na ordem do dia quando o responsável pelo incêndio foge da prisão...

Gostei muito de ler este livro, conhecer estas personagens tão reais, voltar a encontrar o Formiga e da escrita da autora, que nos envolve de uma forma muito terna e aconchegante e que nos consegue transportar para Mont-o-Ver e sentir o que aquele lugar é. Personagens que facilmente conseguimos sentir empatia e até nos emocionar com as suas histórias de vida.

Tentei, o livro todo, descobrir quem era o narrador e foi uma surpresa muito agradável quando foi feita a revelação. Deu um toque mágico à história!

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.



SINOPSE

Bem-vindo a Mont-o-Ver!
Português que se ponha a caminho da montanha, no inverno, ou da praia, no verão, é certo passar por esta planície de canaviais; mais certo ainda, nem dar por ela. A velha linha férrea passa-lhe ao lado e os comboios já nem sequer abrandam por aqui. Em tanto espaço igual, esta é paisagem fácil de se perder.

Pois permitam que vos apresente os ilustres da vila.
O padre Elias Froes, o homem santo que tem por hábito gastar tempo a pensar no mundo, raramente em si próprio. Guarda segredos que mais ninguém sabe.
Catalina Barbosa, aventureira e contestatária. Menina bem-comportada apenas aos domingos, quando a avó a amordaça dentro de um vestido bonito para ir à missa.
Rosa Duque, a mulher que, em tempos, teve tudo para ser feliz. Foi vencida por um coração partido e resgatada por uma flor.
Zé Mau, o terror na vida das crianças. Os irmãos Mondego, os vilões nas histórias dos adultos.
Este vilarejo pode até ser pequeno e parado, mas está cheio de gente atrapalhada com muita vida para esconder.

Descubram comigo o que aconteceu, afinal, na noite do grande incêndio de há uma década e quem são os verdadeiros heróis desta nossa história pitoresca, temperada com os habituais mal-entendidos.
Bem-vindo a Mont-o-Ver!


segunda-feira, 14 de junho de 2021

Opinião - Garra de Cecelia Ahern

 

                                                                       
                                                            Comprar aqui


Já li alguns livros da autora Cecelia Ahern e tenho gostado muito dos seus romances. Por isso fiquei entusiasmada de saber que iria sair um novo livro em Portugal. Adorei a capa deste livro, tem umas cores lindas e acho que espelha bem as histórias contadas.

Este livro é diferente do seu género habitual. São 30 contos que giram em torno das mulheres e das suas experiências enquanto tal. Gostei bastante dos temas e das mensagens que as histórias nos quiseram transmitir e, em algumas delas, consegui identificar-me com as situações. Penso que qualquer leitora mulher conseguirá se identificar com algum destes contos. A autora abordou  assuntos deveras importantes com o casamento, a maternidade, a violência, os nossos desejos, os nossos medos, a culpa que por vezes sentimos assim como a frustração, a insegurança mas acima de tudo a garra que temos. Estas histórias demonstram, acima de tudo, que é possível mudar e corrigir estes sentimentos menos positivos. É um livro diferente, são histórias escritas com fantasia e realismo mágico, e penso que foi isso que não me seduziu tanto. 

Gostei particularmente da primeira história "A mulher que desaparece lentamente", sobre uma mulher que vai desaparecendo literalmente, os outros e ela própria vão deixando de a conseguir ver. Ao dar-se a ela própria pouca importância, desvalorizando-se, ela começou a ficar transparente, e ninguém a conseguia ver.

Foi uma leitura que gostei de fazer e é um livro que tem várias mensagens importantes a transmitir ao leitor. Faz-nos parar para pensar na sociedade de hoje, nos desafios que as mulheres ainda têm de enfrentar. Como a verdadeira igualdade ainda não está alcançada mas que, muitas vezes, temos mais força e garra do que pensamos, para podermos dar a volta por cima e superar os desafios.

Classificação: 3/5

Agradeço à editora Suma de Letras o envio de um exemplar.




SINOPSE

Se quer rir, comover-se, amar, sentir menos culpa, chorar, ser confortada, mostrar a garra existe uma história para si.

Garra são 30 histórias interligadas, que capturam as diferentes facetas da vida das mulheres. Divertidas, comoventes, surreais e instigantes, as histórias capturam os momentos em que as personagens são dominadas pela culpa, a confusão, a frustração, a intimidação, a exaustão - aqueles momentos em que sentem a necessidade de mostrar a garra.

A autora bestseller Cecelia Ahern, traz-nos uma coleção ferozmente feminista de histórias que iluminam, às vezes de maneira fantástica, como as mulheres navegam o mundo hoje. Ahern assume os aspectos familiares da vida das mulheres - as rotinas, os constrangimentos e os desejos - e os eleva com a sua mistura astuta de realismo mágico e percepção social.


terça-feira, 8 de junho de 2021

Opinião - Gambito de Dama de Walter Tevis

 



Este é o livro que serve de base à série da Netflix com o mesmo nome, Gambito de Dama. 
A história remete-nos para os anos 50 do seculo passado nos Estado Unidos da América. Conhecemos Beth Harmon, uma menina de apenas oito anos que perde a sua mãe num acidente de viação. É então enviada para um orfanato em Kentucky,. Sendo uma criança tímida e na situação em que se encontra, Beth vai tentando viver a sua nova vida. No orfanato conhece uma menina mais velha, a Jolene que a ensina como levar aquela vida de uma forma mais fácil.

Um dia encontra o Sr. Shaibel, continuo do orfanato, a jogar xadrez sozinho numa das arrecadações da instituição. Logo ficou fascinada com o jogo e pediu para ele lhe ensinar a jogar. Apesar da relutância inicial o Sr. Shaibel acaba por ir explicando e Beth faz de tudo para sair sorrateiramente das suas atividades escolares para ir jogar xadrez. O xadrez passou a ser a única atividade em que Beth tinha foco e interesse, era onde ela se sentia bem: sentada a jogar xadrez.

Não querendo alongar-me mais na história, quero referir que foi um livro que gostei muito de ler. Sabia muito pouco sobre o jogo e com este livro aprendi muito. É bastante descritivo quanto ao jogo do xadrez mas sem ser em demasia. 
Gostei também dos vários temas que esta história aborda tais como o luto, a institucionalização de crianças, o abuso de substâncias, a adoção. Enfim um rol de assuntos importantes e que fizeram todo o sentido na narrativa. 
O autor conseguiu ainda abordar nesta história a Guerra Fria entre os EUA e a Rússia, por isso considero este livro, apesar de não ser muito grande, um livro interessante.

Gostei de assistir à evolução de Beth, ao seu crescimento enquanto menina e enquanto jogadora de xadrez. Beth foi, sem dúvida, uma pequena mente brilhante que me conquistou.
Um livro de leitura rápida e viciante que recomendo, não só aos amantes do xadrez.


Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.


SINOPSE

Quando a mãe de Beth Harmon, de oito anos, morre num acidente de viação, a menina é enviada para orfanato em Mount Sterling, Kentucky. Simples, taciturna e tímida, ao que tudo indica, Beth não se destaca… até jogar a sua primeira partida de xadrez. Os seus sentidos ficam mais aguçados, o pensamento mais claro e, pela primeira vez na sua vida, ela sente-se totalmente no controlo.

Sem dinheiro nenhum, Beth está desesperada para aprender mais sobre esse jogo que se tornou a sua vida - rouba uma revista de xadrez, dinheiro suficiente para entrar num torneio e também alguns dos tranquilizantes da mãe adoptiva, nos quais está viciada.

Aos treze anos, vence um torneio de xadrez; aos dezasseis, compete no US Open Championship; aos dezoito, é campeã dos Estados Unidos e a Rússia espera por ela… Mas, à medida que Beth aprimora as suas habilidades no circuito profissional, as apostas ficam mais altas, o seu isolamento fica mais assustador, as suas incontroláveis adicções e a ideia de escapar tornam-se ainda mais tentadoras.

Com um ritmo acelerado e escrito com elegância, Gambito de Dama é uma história fascinante disfarçada de romance de xadrez - um romance que não vai poder deixar de ler e com uma conclusão tão elegante e satisfatória quanto um mate em quatro.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Apaixonante. Uma leitura viciante.»
Financial Times

«Hipnótico.»
Newsweek

«Excecional.»
Time Out