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quinta-feira, 24 de junho de 2021

Opinião - O que Dizer das Flores de Maria Isaac

 




Depois de ter lido e gostado muito de Onde Cantam os Grilos, não podia deixar de ler este novo livro de Maria Isaac.

Com um cenário semelhante, esta história remete-nos para um vila rural tipicamente portuguesa, Mont-o-Ver, onde a autoestrada fez desviar o caminho dos seus visitantes, tornando este lugar pacato e com pouco movimento. Facilmente identificamos e conhecemos algum lugar como este onde todos se conhecem e tudo, ou quase tudo, se sabe, onde o café, a farmácia, a mercearia e também a Igreja têm um papel essencial na vida destas gentes. Um lugar onde tudo se faz para manter as aparências e fazer o que é o correto, e quando há alguém ou alguma coisa que saia do que é considerado "normal", é olhado de lado.

Pois esta é uma história rica em personagens, quer pelo seu número, quer pelas suas características. Se no início senti-me um pouco confusa com tantas, facilmente consegui acompanhar e ligá-las entre si. Uma história sobre pessoas, famílias, encontros e desencontros, amor, amizade, solidão e sobre segundas oportunidades cheia de mistério e segredos que prendem o leitor a este enredo.
Sob este vila paira um mistério de um grande incêndio, 10 anos antes, com consequências trágicas, ficando algumas pontas soltas, nunca tendo ficado bem explicado. Este acontecimento volta a estar na ordem do dia quando o responsável pelo incêndio foge da prisão...

Gostei muito de ler este livro, conhecer estas personagens tão reais, voltar a encontrar o Formiga e da escrita da autora, que nos envolve de uma forma muito terna e aconchegante e que nos consegue transportar para Mont-o-Ver e sentir o que aquele lugar é. Personagens que facilmente conseguimos sentir empatia e até nos emocionar com as suas histórias de vida.

Tentei, o livro todo, descobrir quem era o narrador e foi uma surpresa muito agradável quando foi feita a revelação. Deu um toque mágico à história!

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.



SINOPSE

Bem-vindo a Mont-o-Ver!
Português que se ponha a caminho da montanha, no inverno, ou da praia, no verão, é certo passar por esta planície de canaviais; mais certo ainda, nem dar por ela. A velha linha férrea passa-lhe ao lado e os comboios já nem sequer abrandam por aqui. Em tanto espaço igual, esta é paisagem fácil de se perder.

Pois permitam que vos apresente os ilustres da vila.
O padre Elias Froes, o homem santo que tem por hábito gastar tempo a pensar no mundo, raramente em si próprio. Guarda segredos que mais ninguém sabe.
Catalina Barbosa, aventureira e contestatária. Menina bem-comportada apenas aos domingos, quando a avó a amordaça dentro de um vestido bonito para ir à missa.
Rosa Duque, a mulher que, em tempos, teve tudo para ser feliz. Foi vencida por um coração partido e resgatada por uma flor.
Zé Mau, o terror na vida das crianças. Os irmãos Mondego, os vilões nas histórias dos adultos.
Este vilarejo pode até ser pequeno e parado, mas está cheio de gente atrapalhada com muita vida para esconder.

Descubram comigo o que aconteceu, afinal, na noite do grande incêndio de há uma década e quem são os verdadeiros heróis desta nossa história pitoresca, temperada com os habituais mal-entendidos.
Bem-vindo a Mont-o-Ver!


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