É o primeiro livro da autora que leio e não desiludiu.
Esta obra centra-se na historia de vida de Vivian Morris. O livro começa com uma carta que Vivan recebe em 2010 de Angela, onde ela pergunta qual a sua relação com o seu pai Frank. Em jeito de resposta Vivian vai relatar a Angela a sua vida para explicar como conheceu Frank.
Por isso Vivan retrocede até 1940, para contar a sua história. Tinha ela 19 anos quando foi expulsa da Faculdade por nunca a ter frequentado e consequentemente ter chumbado a todas as disciplinas do primeiro ano. Os pais decidem então enviá-la para a casa da tia Peg, irmã do pai que vivia em Nova Iorque. A tia era dona de uma companhia de teatro, o Lily Playhouse, que lutava para manter a contas em dia e atrair público.
Vivan sabe costurar muito bem e logo se oferece para produzir os fatos dos actores e coristas da companhia de teatro. Tendo sempre frequentado colégios e vivido numa redoma protegida pelos pais, depressa se deslumbra com a vida nova iorquina ao juntar-se com uma das coristas que também vivia na casa da tia Peg. Sexo, álcool e muita diversão foi o que pautou as noites loucas de Vivan e da nova amiga Célia. Até que um dia se vê envolvida num escândalo com um actor famoso, o que a obriga a passar uma temporada em casa dos pais.
Vivan tenta levar uma vida "normal" para as mulheres da época. Todas as amigas já estão casadas e com filhos mas isso não é o que Vivan quer. Dois anos depois do seu regresso a casa, a tia Peg vai buscá-la e levá-la novamente para Nova Iorque. É então que a sua vida estabiliza e juntamente com uma nova amiga que fez, Marjorie, abrem um novo negócio juntas.
Foi uma leitura morna até metade do livro. Há todo o relato do mundo do showbiz da época, dos fatos, do glamour, da forma como os espectáculos eram produzidos e ensaiados. Confesso que os relatos da vida louca de Vivan nos primeiros anos em Nova Iorque não foi o que mais gostei, até achei que foi um pouco extenso e repetitivo. Mostrou apenas uma miúda imatura, fútil e até irresponsável que levava a diversão ao extremo.
A partir da parte em que ela regressa a Nova Iorque com a tia, a trama cativou-me muito mais, tornou-se mais interessante ao abordar assuntos mais profundos. Aí sim, fiquei agarrada a esta história.
Um livro sobre mulheres, com personagens femininas muito fortes, onde são abordados vários assuntos sensíveis para a época, desde a homossexualidade, à liberdade da mulher, ao papel da mulher na sociedade e àquilo que é esperado das mulheres. É também uma história sobre o amor e
a amizade.
Vivian mostrou que uma mulher nos anos 40 podia fazer o que queria e fugir dos estereótipos da época.
Classificação: 4/5
Agradeço à editora o envio de um exemplar.
SINOPSE
No Verão de 1940, aos 19 anos, empurrada pelo desespero dos pais, Vivian Morris chega a Manhattan levando consigo apenas uma mala e uma máquina de costura. Embora pouco apreciados na prestigiada Faculdade de Vassar, o seu especial talento com as agulhas e a sua dedicação para lograr o penteado perfeito acabaram por transformá-la na estilista estrela de Lily Playhouse, o decadente teatro de variedades da sua nada convencional tia Peg.
Apesar da guerra, os dias em Nova Iorque são tudo menos aborrecidos. Nesta cidade das mulheres, Vivian e as suas amigas tentam ser livres e beber a vida até à última gota. Mas ela também descobrirá que tem lições para aprender e amargos erros para cometer e que, para viver a vida que verdadeiramente deseja, terá de se reinventar a cada passo.
Olá Ines,
ResponderEliminarGostei da sua resenha e de conhecer sua opinião sobre o livro. Adquiri esses dias esse livro e como ouvi maravilhas sobre ele estava louca para ler. Já li um outro livro da autora uns anos atrás e gostei bastante, mas tive a mesma sensação de ser morna. Apesar disso me prendeu, e espero que esse me prenda igual.
Beijo!
www.amorpelaspaginas.com
É um livro diferente, mais de reflexão.
EliminarEspero que gostes :)
Beijinho
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEu li e adorei, ainda estou surpreendida o quanto gostei deste livro, visto a personalidade feminina da Vivan normalmente me revoltar, mas adorei, adorei, adorei! :D
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