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terça-feira, 14 de julho de 2020

Opinião - O comboio das crianças de Viola Ardone





Gosto bastante de ler livros sobre a 2ª Guerra Mundial e Holocausto e tenho lido bastantes neste último ano. Apesar de não ser sobre a guerra, é sobre as consequências da guerra.

Amerigo é uma criança de 7 anos que vive em Nápoles, Itália. Ele vive sozinho com a sua mãe, que vive angustiada com a falta de trabalho e comida, além de carregar um desgosto no seu coração. Conhecemos esta criança, os seus hábitos e rotinas numa cidade que tenta se reerguer da guerra que a atingiu. Em 1946 Amerigo vai com centenas de crianças de comboio para o norte de Itália, para passarem uns meses com uma família que aceitou acolhê-lhos.
Narrado na primeira pessoa por Amerigo, acompanhamos a sua viagem de comboio, os seus receios e medos do que o espera à chegada.

Amerigo fica espantado com a vida no norte do país, desde a abundância de comida, roupas, volta a frequentar a escola que tinha abandonado. Cria novos amigos mas também contacta com alguns amigos de Nápoles que voltou a encontrar. Mas sem nunca esquecer a mãe. 
É sem dúvida uma viagem que irá mudar a vida desta criança para sempre.

Na ultima parte do livro conhecemos Amerigo já com 50 anos de idade e é então que vamos ter a noção completa do impacto desta viagem na vida desta criança. Além de serem revelados alguns segredos da sua família.

Gostei muito da história ter sido contada do ponto de vista da criança, de perceber as suas emoções e pensamentos de uma realidade que nenhuma criança deveria passar.
Uma história que toca o coração e que recomendo sem reservas.

Classificação: 5/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar.






SINOPSE
Nápoles, 1946

Amerigo, um menino de sete anos, deixa a vida que sempre conheceu em Nápoles e parte num comboio. Não sozinho, mas no meio de milhares de outras crianças do Sul de Itália que atravessam o país para passarem alguns meses com uma família do Norte, enquanto a sua terra natal se reconstrói do caos e da destruição.
Com o espanto típico de uma criança de sete anos e a astúcia de um rapaz de rua, Amerigo mostra-nos uma Itália que renasce da guerra e conta-nos como, mesmo renunciando a tudo - até ao amor da própria mãe -, é nessa viagem que descobre o seu verdadeiro destino.
Um romance apaixonante sobre uma pequena testemunha de uma Grande Guerra e da sua luta pela sobrevivência e pelo amor. O fenómeno italiano vendido para 25 países que irá derreter o seu coração.
CRÍTICAS
Um livro cheio de emoções, onde conhecemos os medos, as incertezas, as dúvidas destas crianças, mas também as dificuldades de integração e àquela sensação de "casa". Tive, ao longo do livro, vários momentos em que me apeteceu dar um abraço a Amerigo.
Blogue: O prazer das coisas
CRÍTICAS DE IMPRENSA
Viola Ardone mergulhou as mãos na história mais dolorosa da sua cidade. Passou a pente fino o dialeto e a mentalidade daqueles tempos, reconstruindo o cenário perfeito para um romance enorme sobre o poder da escolha. Porque aquilo de que Amerigo nos fala, quando sai do comboio, é precisamente do momento em que as duas metades da sua vida se separam, obrigando-o a tomar uma decisão. Uma decisão importante, definidora da sua identidade.
La Stampa
Viola Ardone toca-nos quase a ponto de nos magoar. Amerigo, dividido entre dois mundos, fará uma escolha que lhe trará consequências dolorosas, mas que dará novo sentido à sua vida. Porque a dor pode ser, acima de tudo, algo fértil. Porque o comboio da vida é movido a amor, e descarrila e chega ao destino - mas nunca para.
L’Osservatore Romano
A autora confia-nos a história comovente de uma separação e solidariedade.
La Repubblica

1 comentário:

  1. Olá Ines,
    Gostei bastante da ideia do livro. Também gosto da criança contando a história, normalmente tem uma visão mais pura e até sentimental sobre os acontecimentos, mesmo em meio aos caos como uma guerra. Fechar com o garotinho tantos anos depois é uma ideia sensacional.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

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