Nestes minutos de consciência que lhe resta, vamos conhecer o passado de Leila, os seus 5 grandes amigos e como ela chegou ao fim da sua vida.
A história é passada na Turquia, onde Leila nasceu em 1947 numa pequena e pobre aldeia. Acompanhamos a infância e adolescência de Leila, no seio de uma família humilde, onde as tradições religiosas eram muito vincadas.
Jovem adulta decide ir viver para Istambul para fugir de uma vida pobre e difícil, cheia de esperança e sonhos.
Gostei muito desta história de vida muito bem construída e contada. Uma leitura muito empolgante e emotiva.
Foi muito interessante ter conhecido mais profundamente a cultura e a mentalidade turca da época. Os costumes, as comidas mas também a situação política e social de uma cidade cheia de contrastes.
Um relato cru, real e triste de uma vida difícil.
Já conheciam esta autora? Que outro livro dela recomendam?
No primeiro minuto que se seguiu à sua morte, a consciência de Leila Tequila começou a abrandar, lenta e firmemente, como uma maré a recuar para a costa. As suas células cerebrais, tendo ficado sem sangue, estavam agora completamente privadas de oxigénio. Mas ainda não se tinham desligado. Não de imediato. Uma última reserva de energia ativara inúmeros neurónios, ligando-os como se fosse a primeira vez. Embora o coração tivesse parado de bater, o cérebro estava a resistir, um combatente até ao fim...
Para Leila, cada minuto após a sua morte traz consigo uma recordação sensual: o sabor do guisado da cabra sacrificada pelo pai, para celebrar o nascimento de um filho há muito esperado; a visão de panelões borbulhantes com uma mistura de limão e açúcar, que as mulheres usam para depilarem as pernas, enquanto os homens se encontram na mesquita; o aroma a café de cardamomo que Leila partilha com o estudante atraente, no bordel onde trabalha. Cada recordação também traz consigo os amigos que fez em cada momento importante da sua vida - amigos que agora estão desesperados para a tentar encontrar...
Financial Times
«Uma prosa lírica e, por vezes, mágica... uma carta de amor a Istambul.»
The Economist
«Elif Shafak escreve com visão, coragem e compaixão... um retrato magnífico de uma cidade, uma sociedade , uma pequena comunidade e de uma alma singular.»
The New York Times Book Review
«Extremamente comovente.»
The Sunday Times
«Extraordinário.»
The Guardian
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