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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Opinião - O que Contamos ao Vento de Laura Imai Messina

 




Este foi um daqueles livros que me cativou logo pela capa e depois de ler a sinopse, fiquei rendida.

No Japão, na Montanha de Baleia existe um jardim chamado Bell Gardia. Nesse jardim há uma cabine telefónica com um telefone que não funciona. Este telefone não funciona da forma tradicional, da forma como achamos que um telefone deve funcionar, mas serve para quem perdeu alguém na sua vida, possa falar com essa pessoa.

Neste história conhecemos Yui, uma jovem japonesa de 30 anos que perdeu a filha de 3 anos e a mãe no terrível tsunami que assolou a ilha em 11 de março do ano de 2011. Ela é locutora de rádio e num dos seus programas, um ouvinte falou-lhe deste jardim e deste telefone especial, o Telefone do Vento. Yui ficou a pensar no que ouviu e acabou por lá ir, mesmo ficando a uma distância de 7 horas de Tóquio, onde mora.

Na sua busca pelo jardim e pelo telefone, Yui conhece Takeshi, um jovem médico que também perdeu alguém na sua vida, a mulher, vítima de doença. Desde a morte da mãe que a pequena filha Hana deixou de falar.
Yui vai conhecendo várias pessoas relacionadas com o Telefone do Vento, como o guarda do jardim e outras pessoas que vai encontrando e conhecendo que também recorrem ao telefone para minimizarem a seu dor.

É uma história escrita por uma autora italiana a viver no Japão há 15 anos e por isso a narrativa tem muitos apontamentos da cultura nipónica que tão bem encaixam na história, dando-lhe harmonia.
Foi um livro que gostei muito de ler e que, apesar de estar centrado na morte e no sofrimento, foi uma leitura que me transmitiu bastante paz, tranquilidade e esperança. A autora conseguiu abordar acontecimentos trágicos sem transmitir uma carga emocional pesada e sofrida.
Uma história bonita que aborda o luto mas também o amor, recomeços e segundas oportunidades que toca o coração.
É um livro diferente que recomendo, sem reservas, que leiam. 

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.



SINOPSE

No lado íngreme de Kujira-yama, a Montanha da Baleia, existe um imenso jardim chamado Bell Gardia. No meio há uma cabine, dentro da qual repousa um telefone que não funciona, carregado de vozes sopradas ao vento. De todo o Japão, milhares de pessoas que perderam alguém passam por ali todos os anos e usam o telefone para falar com aqueles que já partiram.
Yui é uma jovem de trinta anos, e 11 de Março de 2011 é a data que a mudou para sempre. Naquele dia, o tsunami varreu o país onde mora, engoliu a sua mãe e a sua filha, tirou-lhe a alegria de estar no mundo.
Ao saber, por acaso, daquele lugar surreal, Yui vai até Bell Gardia e conhece Takeshi, um médico que mora em Tóquio e tem uma filha de quatro anos, que emudeceu no dia em que a mãe morreu. Quando Yui percebe que aquele lugar precioso corre o risco de ser arrasado por um furacão, decide enfrentar o vento, tanto aquele que sacode a Terra como o que levanta a voz de quem já não está presente.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Contada delicadamente e com muito cuidado, esta parece uma história particularmente ressonante para os dias que correm.»
Stylist


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