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domingo, 6 de fevereiro de 2022

Opinião - O Segredo Angolano Uma conspiração sem precedentes de Velho Kipacaça

 




Já tinha visto esta novidade nas lojas online e fiquei curiosa por ser um thriller escrito por um angolano passado em Angola.

Nesta história Kahadi, técnico de informática, ouve uma conversa do seu chefe sobre a morte do antigo presidente de Angola ocorrida em 1979, Bento Descendente, o primeiro presidente após a independência. O comentário foi no sentido de a sua morte não ter acontecido nas circunstâncias que oficialmente foi divulgada, ocorrida na sequência de complicações cirúrgicas em Moscovo. Kahadi não consegue ignorar o que ouviu e decide investigar. 

Paralelamente a sua Avó Ana Ebo, já de alguma idade e cega, pediu ao seu neto ajuda para encontrar uns rascunhos de um livro e cartas de um escritor que ela conheceu mas cujo nome já não se lembra.

No início custou-me um pouco a entrar nesta história pois há bastantes personagens e andei um pouco confusa. Mas rapidamente fiquei agarrada a esta trama cheia de ação e com capítulos curtos que fez com que se tornasse um verdadeiro “page turner”. A história é narrada em vários tempos e por várias personagens, o que nos vai dando uma ideia mais completa de toda a trama.

É um livro sobre conspirações, organizações secretas, traições, segredos, mas também sobre amor, pátria e família. É uma história inspirada em personagens e acontecimentos reais onde a cultura angolana está muito presente e por isso aprendi mais um pouco sobre este país.

O final surpreendeu, foi aí que tudo fez sentido e estas duas histórias se encontraram tendo o autor nos brindado com várias revelações. Recomendo a quem goste de conspirações e segredos!

 

Agradeço ao autor Velho Kipacaça o envio de um exemplar.


Classificação: 3,5/5


sábado, 15 de janeiro de 2022

Opinião - O Homem Sem Cara de Peter May

 


Comprar aqui


Este é o primeiro livro que leio do autor escocês Peter May, publicado inicialmente em 1981, esta é uma reedição. É um dos seus primeiros livros publicados e esta edição foi revista pelo autor. A história transporta-nos para 1979 em Bruxelas para um ambiente político em torno da então CEE.

Neil Bannerman é um jornalista que foi destacado para este cidade belga para fazer investigação política. Ficou hospedado na casa do colega Tim Slater que tem uma filha autista, Tânia, com a qual Neil estabelecer logo uma relação especial assim que se conhecem.

Poucos dias depois da sua chegada a Bruxelas, dois homens são encontrados mortos a tiro numa mansão: um deles é o Ministro de Estado britânico para a Europa e o outro é o colega Tim Slater. Rapidamente a polícia diz que se mataram um ao outro mas Neil não acredita nessa tese, até porque Tânia estava escondida na mansão e presenciou os acontecimentos. Mas devido ao seu problema não consegue contar o que viu, apenas o faz por desenhos. Vai fazer a sua própria investigação e tentar descobrir quem matou Slater e Gryffe.

Gostei bastante desta história, especialmente porque sendo passada na altura que foi a investigação policial e jornalística é feita sem qualquer recurso às novas tecnologias. Uma investigação "à moda antiga". É bom para variar um pouco. Além das referências a certos pormenores da época dos quais já nos esquecemos.

O autor deu voz ao assassino, tornando-o um dos narradores desta história o que permitiu saber desde o início o que tinha acontecido. Mas nunca perdi o interesse na trama pois nunca sabemos quem nem o que está por detrás destas mortes.

Não foi um final que deslumbrou mas gostei de toda a explicação da motivação dos crimes. Vou querer ler mais livros de Peter May.


Classificação: 3,5/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar.




SINOPSE

Um jornalista sem medo.
Neil Bannerman, um experiente jornalista, é enviado para Bruxelas, para reportar o que espera ser, apenas, uma conspiração política. Porém, a tragédia instala-se à chegada, quando dois britânicos, um influente político e um outro jornalista, são encontrados mortos.

Uma criança sem pai.
No seu aparentemente insensível desprendimento, Bannerman vai-se aproximando de Sally, uma corajosa mulher que lhe mostra muito mais do que ele esperava saber ou encontrar, e também de Tania, uma criança autista, filha de um dos assassinados, que viu o crime escondida num armário.

O homem sem rosto.
Bannerman aventura-se numa intrigante história que parece estabelecer uma ligação entre as mortes e a investigação jornalística que o enviara para Bruxelas em primeiro lugar, enquanto um impiedoso assassino se movimenta pela cidade. Conseguirá ele proteger a criança e desmascarar o assassino ou será já demasiado tarde?

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«A obra-prima do thriller.»
Guardian

«Fortíssimo.»
The Times


quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Opinião - Verdades Ocultas Série Sebastian Bergman - volume 7 de Hjorth e Rosenfeldt

 



Sétimo e penúltimo livro da série Sebastian Bergman. Neste volume a equipa da Unidade de Homicídios de Estocolmo tem de lidar com um assassino em série. Num espero muito curto de tempo ocorreram três assassinatos e Vanja e os restantes investigadores estão sem qualquer pista sobre estes crimes. Inevitavelmente pedem ajuda a Sebastian para tentar traçar o perfil deste assassino.

A certa altura aparece uma lista de dez nome com três nomes riscados, que correspondem aos nomes das três vítimas. Vai ser uma corrida contra o tempo para proteger e evitar as restantes mortes.

O nosso Sebastian Bergman está retirado da vida policial e voltou a dar consultas como psicólogo e a tomar conta da neta, Amanda. Numa das consultas atende um paciente, Tim, que esteve no tsunami onde Sebastian perdeu a filha. Também Tim perder a sua filha nas mesmas circunstâncias. Esta situação leva a que Sebastian volte a reviver com mais intensidade os seus fantasmas...

Mas não é só Sebastian, Billy também terá de lidar com um fantasma do seu passado que irá dar uma grande volta à sua vida.

Gostei muito deste livro, novamente um livro cheio de ação, suspense e muitas revelações sobre a equipa da Unidade de Homicídios. Li o livro rapidamente porque é impossível não ficar viciada nesta história e quer saber mais sobre estas personagens já tão familiares.

O final deste livro é absolutamente estrondoso! Fiquei de queixo caído com a revelação feita nas últimas páginas! Não consigo imaginar como será o último livro da série mas desconfio que será muito bom!

Não vou mesmo perder o próximo livro. Esta dupla de autores sabe mesmo agarrar e surpreender o leitor! Esta já é a minha série policial favorita!

Classificação: 5/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar.

SINOPSE

Três assassinatos em poucos dias. A tranquila cidade sueca de Karlshamn é tomada pelo terror. Vanja e os seus colegas estão sob pressão para parar o atirador antes que ele mate mais pessoas. Mas não há pistas nem testemunhas nem ligações claras entre as vítimas.

Três anos após os acontecimentos que vivenciaram em Mentiras consentidas, Vanja , Torkel , Ursula , Billy e o resto da equipa da Unidade de Homicídios de Estocolmo têm lidar com um assassino em série que deixou um rastro de cadáveres na pequena cidade costeira de Karlshamn . Mas não há pistas, testemunhas ou ligações claras entre as vítimas. Sebastian Bergman escolheu uma vida mais tranquila desde que se tornou avô, regressando ao trabalho de psicólogo e terapeuta.

No entanto, o seu mundo abala quando um australiano lhe pede ajuda para processar a experiência que viveu no tsunami de 2004, durante o qual o próprio Sebastian perdeu a esposa e a filha. Desde o assassinato em Uppsala, três anos atrás, Billy , o ex colega de Sebastian, nunca mais parou de matar, mas, ao tornar se pai, decide parar. Mas as circunstâncias não permitirão que o passado seja esquecido. A questão é: até aonde irá Billy para se certificar de que não será descoberto?

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Uma série brilhante e tremendamente viciante, graças a uma mistura de histórias engenhosamente tramadas e personagens realistas.»
El Periódico, Espanha

«Um thriller contemporâneo fascinante. Depois de começar, não pode parar de ler!»
Ölandsbladet, Suécia

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

                   


Este foram dois desafios que participei organizado pela Sandra do blog Leituras Descomplicadas, podem ver o blog dela aqui. Não consegui completar todas as categorias mas fui lendo à medida que ia conseguindo. Até porque livros históricos ou romances históricos são livros que não leio há muito tempo e não são a maioria dos livros que leio.
Para este ano a Sandra organizou um projeto de ler cada mês um autor de uma nacionalidade, dando sugestões de autores e livros mas podemos nós escolher outro que seja da nacionalidade estipulada. Vou participar, achei a ideia interessante para lermos autores de nacionalidade que normalmente lemos pouco ou nada.





A Isabel do blog Manta de Histórias organiza sempre um desafio natalício, o HoHoHo Books, o qual já terminei e ainda o desafio anual e o Lê Português. Consegui também completar todos e já estou pronta para os desafios de 2022. Podem espreitar o blog dela aqui











Eu gosto bastante de participar em desafios deste género, primeiro porque é uma forma de ler livros que, de outra forma, dificilmente leria e não conheceria tantos e variados autores. Depois porque ir lendo conforme me apetece nem sempre é fácil para mim, porque apetece-me vários livros e os desafios é uma forma de orientar a minha leitura e ajudar-me a escolher de entre os livros que quero ler.

E vocês, gostam de participar neste tipo de desafios ou preferem ir lendo o que vou apetece sem ficar sujeitos a categorias e temas? 

domingo, 2 de janeiro de 2022

O Meu Ano em Livros - Goodreads

 My Year in Books

44,088
pages read
Inês | Livros e Papel
136
books read
This is my journey in books for 2021!


Os Três Reis do Oriente by Sophia de Mello Breyner And...
Shortest Book
40
pages
Se Isto é uma Mulher by Sarah Helm
Longest Book
752
pages

Average book length in 2021
 
324
pages

1984 by George Orwell
Most Popular
5,982,144
people also shelved
Mimi Sinaleira by Laura Owen
Least Popular
1
person also shelved

My average rating for 2021
 
3.9

Balada para Sophie by Filipe Melo
Highest Rated on Goodreads
4.80 aver

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Opinião - Nomadland Sobreviver na América no século XXI de Jessica Bruder

 





A autora Jéssica Bruder é jornalista e foi fazer um trabalho de investigação com as comunidades nómadas nos EUA. Inicialmente pretendia fazê-lo por pouco tempo, acabou por fazer trabalho de campo e acompanhar estas pessoas durante dois anos.

O resultado desse trabalho é este livro que nos mostra a realidade nua e crua dos EUA em pleno século XXI. Quando comecei a ler a história destas pessoas, na sua grande maioria, com mais de 60 anos, não quis acreditar que pessoas idosas, doentes, e idade de reforma tivessem de trabalhar para poderem comer. A maioria porque as suas pensões de reforma são miseráveis, não conseguiram manter as suas casas e a única opção que tiveram foi arranjar uma roulotte e ir à procura de trabalho pelo país fora. Trabalho esse que é precário e sazonal, o único que conseguem arranjar e que lhes tira a fome: seja na apanha da beterraba, a serem anfitriões nos parques de roulottes ou a trabalhar na Amazon.

Este livro também aborda as questões laborais no pais mais rico do mundo... E percebe-se como essa riqueza é obtida, à custa dos mais fracos, dos idosos e dos desempregados...
Uma das comunidades que a autora acompanhou acampam sazonalmente todos os anos nos parques de roulottes que existem perto dos armazéns da Amazon, no Nevada. Em torno do armazém há parques onde se pode estacionar a roulotte para os trabalhadores, também da propriedade da empresa... 
A Amazon tem um programa próprio e específico de recrutamento de idosos para trabalharem nos seus armazéns durante alguns meses do ano, quando têm picos de trabalho. Por 10/11 dólares à hora trabalham horas a fio, em turnos noturnos, onde chegam a fazer 20 km a andar dentro do enorme armazém. A Amazon tem dispensadores gratuitos de analgésicos e anti-inflamatórios para os trabalhadores tomarem, porque muitos só com medicação conseguem trabalhar...
E como se preocupam com os seus trabalhadores, até dão dicas de como preparar as roulottes para as temperaturas negativas que irão suportar, claro que com produtos que se pode comprar na Amazon! E como se prepararem fisicamente para começar a trabalhar no armazém e percorrer os vários km diários.
É à custa destas pessoas que conseguem preços mais baixos? É isto que queremos para os nossos filhos, pais e avós?  Isto é, no mínimo, chocante!

Felizmente que há sempre um lado bom nas situações más e a autora conseguiu bem demonstrar a forte comunidade que se estabelece entre estes trabalhadores nómadas. A preocupação uns com os outros, a ajuda que há, as festas e as concentrações que são realizadas em vários pontos do país.

Gostei muito de ter lido este livro e ter tido conhecimento desta triste realidade. Conhecia a existência destas comunidades nómadas mas desconhecia por completo que muitos são pessoas idosas em idade de reforma que não conseguem ter rendimentos para manter uma casa. 
Apesar de a autora se focar na história de Linda, dá-nos a conhecer histórias de outras pessoas, e é impossível não nos emocionarmos com estas histórias comoventes. Muitos pessoas com bons trabalhos e rendimentos acima da média, que por este ou outro motivo ficaram sem nada...

Um livro a não perder!

O filme baseado neste livro, com o mesmo nome, venceu o Óscar para melhor filme, melhor realizador e melhor atriz. Também venceu os Globos de Ouro e melhor filme no BAFTA 2021. Será o meu próximo filme a ver.

Classificação: 4/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar deste livro.



SINOPSE

Numa América que parece distópica, mas é real e atual, a jornalista Jessica Bruder, na melhor tradição de um jornalismo imersivo, viveu três anos e vinte e cinco mil quilómetros em acampamentos nómadas, acompanhando empregados low-cost que, sem outra forma de subsistência, desistiram das casas tradicionais para habitar rulotes e furgonetas que transportam, de costa a costa e do México à fronteira com o Canadá, na obsessiva busca de um pagamento quase mendigado.

Bruder, num estilo que oscila subtilmente entre o rigor jornalístico e a emoção literária, contorce de forma dolorosa os tradicionais conceitos de comunidade e família e eterniza uma viagem pela alma dos Estados Unidos do século XXI. São as histórias comoventes, e destemidas, de antigos professores, gerentes, empregados de mesa e de quem mais possa imaginar-se, todos à procura de um sonho americano que tiveram e perderam sem perceber onde nem como.

Nomadland foi a inspiração para o filme de Chloe Zhao que venceu os Óscares de Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Atriz (Frances McDormand).


terça-feira, 16 de novembro de 2021

Opinião - Os Loucos Anos 20 Diário da Lisboa boémia de Paula Gomes Magalhães

 







Lisboa, a nossa capital, é uma cidade que gosto muito de visitar, pois não vivo lá. Tem uma atmosfera que me encanta e que lhe é muito própria. Lisboa é linda!
Vivi em Lisboa enquanto estive a estudar e, sempre que podia, não perdia uma oportunidade de me armar em turista e visitava os seus recantos. Mas é uma cidade onde gosto de ir sem horas e sem horários, sem a pressão dos compromissos do dia-a-dia. 

Este livro faz-nos um relato do que foi a Lisboa dos anos 20, no período do pós Primeira Guerra Mundial onde as pessoas estavam sequiosas de alegria e cheias de esperança num futuro melhor. Um retrato muito interessante de como a cidade evoluía em várias áreas, à semelhança do que se passava no resto da Europa: o surgimento dos carros que eram mais acessíveis e sinal de status social; a moda feminina onde se mostrava cada vez mais a pele, passando pela masculinização da roupa feminina, o aparecimento de roupa desportiva para a prática do ténis ou da equitação, os acessórios como cada vez mais relevância (sapatos, chapéus e maquilhagem); a leitura de magazines e revistas, algumas dedicadas ao publico feminino; o cinema e os teatros também passaram a fazer parte da vida dos Lisboetas, como São Luiz, o Tivoli e o Parque Mayer; e a proliferação dos clubs noturnos e cafés onde os boémios passavam as noites a dançar, a beber e a jogar.

Claro que, apesar dos frequentadores destes espaços serem bastante diferentes, as classes desfavorecidas não tinham acesso a estas diversões por não terem capacidade económica para tais despesas. Mas havia também alguns cabarets e dancings mais acessíveis onde a classe operária se juntava. 

O golpe de maio de 1926 abanou a situação política, social e económica portuguesa, fazendo com que este ambiente boémio tenha-se refreado um pouco. Com o final dos anos 20, o crash da Bolsa de Nova Iorque em 1929 os EUA entraram na chamada grande depressão. Apesar de não ter tido grande impacto em Portugal, com a chegada de António Salazar ao governo, com a pasta das Finanças em 1928, o ambiente de boémia e loucura começou a perde a sua força. Muitos espaços de diversão noturna começaram a fechar com a ditadura devido às regras cada vez mais restritivas que iam-lhes sendo impostas. 

Gostei da forma com a autora expos esta Lisboa que eu pouco conhecia, pois apesar de alguns de nomes me serem familiares, muitos deles eram-me desconhecidos. As ilustrações e fotos da época dão vida à palavras escritas e demonstram bem o cenário lisboeta dos anos 20. Foi fácil sentir-me transportada para muitos dos locais descritos e imaginar o ambiente que se vivia na época. Foi também interessante o nível de pormenor que, em certas situações, a autora chegou para mostrar todo este ambiente dos loucos anos 20 em Lisboa que certamente fazia um grande contraste com o restante país rural. Um livro que demonstra bem a importância que as expressões artísticas e culturais tiveram nesta fase da história da cidade de Lisboa.


Classificação: 3/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar deste livro

SINOPSE

O mundo respirava de alívio. Saída da grande guerra, ao ritmo de charlestons e foxtrots, a Europa vivia um período de otimismo, esperança, progresso e de alguma excentricidade. E Portugal não queria ficar de fora destes loucos anos 20.

O país vivia uma profunda crise política, com os governos a sucederem-se a um ritmo de semanas ou até mesmo dias, e uma crise social e económica. Portugal estava à beira da bancarrota, com uma população analfabeta, a viver sem condições, sem trabalho e dinheiro para os bens essenciais. Acentuava-se o fosso entre os ricos e os pobres.

Nas ruas de Lisboa, a sociedade mundana desfilava liberdade e elegância: cortes de cabelo à garçonne, os mais recentes modelos vindos de Paris, automóveis cada vez mais velozes. Assistia a corridas de cavalos no hipódromo, praticava desporto, lanchava nas mais conceituadas pastelarias, frequentava cafés e vivia devotada às últimas novidades do lazer e diversão, como o telefone ou a máquina fotográfica, sem esquecer os eletrodomésticos que agilizavam a vida de todos os dias. De noite, frequentava clubes e cabarets requintados, onde a música e a dança se misturavam com o jogo, o fumo e o álcool até ao romper da madrugada.

A investigadora Paula Gomes Magalhães traça neste livro, amplamente ilustrado, o retrato vivo da mais louca e veloz década de que há memória.

sábado, 6 de novembro de 2021

Opinião - As Raparigas Perdidas de Angela Marsons

 





Apesar de não ser o primeiro livro publicado pela autora em Portugal, é o seu primeiro livro que leio.

Nesta história, Kim Stone, uma detetive, depara-se com um caso de um duplo desaparecimento de duas amigas de 9 anos de idade, a Amy e a Charlie. A mãe de uma deles deveria ter ido buscá-las à hora marcada a um centro de lazer mas o seu carro sofreu uma avaria. Receberam depois uma mensagem indicando que tinham sido raptadas, a avaria tinha sido afinal uma sabotagem no carro.

Rapidamente as famílias, já amigas de longa data, se juntam e recebem a instrução da policia para não comunicarem a ninguém o desaparecimento das meninas. Mais tarde recebem outra mensagem perturbadora. A família que oferecer mais dinheiro, verá a sua filha libertada em detrimento da outra menina que será morta... Como irão estas famílias amigas lidar com esta pressão toda?

Karen, a mãe de Charlie, tinha pedido que fosse a detetive Kim a liderar as investigações por terem sido amigas no tempo do liceu. E é na casa de Karen e do marido Robert que as duas famílias e a polícia estabelecem a "sede" da sua investigação.
Pouco depois vai acontecer um homicídio que poderá estar ligado ao rapto das meninas. É aqui que começa a verdadeira "caça ao homem" com a detetive Kim, o seu chefe Woodward e toda a sua equipa em ação.

Toda esta história está carregada de tensão e de suspense. Tratando-se de um rapto de crianças tão pequenas é impossível ficar indiferente à situação e à angústia que estes pais vão sentindo. Foi uma história que me cativou desde os primeiros capítulos, cheia de twists e segredos do passado que vão sendo desenterrados.

Um thriller com um bom ritmo ao longo de toda a trama que gostei muito de ler. Recomendo sem reservas e quero ler os restantes livros da série.

Classificação: 4/5


Agradeço à editora o envio do ebook.




SINOPSE

Charlie e Amy têm nove anos e são as melhores amigas. Num dia aparentemente igual a tantos outros, desaparecem sem deixar rasto. Para as suas famílias, começa então o pior dos pesadelos. Saberão por SMS que os seus piores receios se confirmam: as meninas foram raptadas. Numa segunda mensagem, o raptor inicia um leilão. O casal que oferecer mais dinheiro, voltará a ver a sua filha. O casal que ficar para atrás, não.

Ainda que em segredo, a guerra entre as duas famílias começa. A detective Kim Stone sabe que a contagem decrescente também: cada segundo conta, cada hesitação pode ditar a morte das crianças. O mistério por detrás do rapto pode estar na negra teia de segredos que o passado destas famílias esconde. Mas o relógio não pára. E alguém vai pagar o derradeiro preço.