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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Opinião - Rei Branco de Juan Gómez-Jurado

 




Rei Branco, o último livro que encerra trilogia Antónia Scott.

“Espero que não te tenhas esquecido de mim. Queres jogar? Foi esta a mensagem que Antónia recebe no seu telefone e é assim que vai começar mais uma aventura alucinante.

 Neste livro que vamos conhecer e entender o que ficou sem explicação nos dois livros anteriores. É um fechar de ciclo, onde as pontas soltas são atadas de uma forma inteligente. É, mais uma vez, uma trama cheia de ritmo, tensão e intriga, mas com o habitual toque de humor e sarcasmo.

Com capítulos curtos que incentivam a leitura rápida, este terceiro livro é um autêntico “page turner”. O primeiro livro foi o meu preferido, mas a série está muito bem construída. Antónia é de facto uma personagem única que emparelha bem com o Jon. Vou ficar com saudades desta dupla!

Recomendo a quem goste de um bom thriller repleto de segredos e intriga.

"Três casais que fingem prestar-se atenção enquanto vêem o seu Instagram, dois hipsters que fazem de conta que escrevem um romance nos seus MacBooks, um assassino psicopata. É mais fácil reconhecer o último, é o único que, em vez de um dispositivo eletrónico, tem um livro de papel na mão."

 Classificação: 4/5


Obrigada à Planeta Editora a oferta de um exemplar.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Opinião - Maria Montessori e a Escola da Vida de Laura Baldini

 


Ver mais aqui



Em jeito de biografia romanceada, a autora italiana Laura Baldini conta a história desta incrível mulher.

Maria Montessori quebrou muitas das regras sociais e morais da sua época, finais do Séc. XIX. Começou por ter nascido no seio de uma família que, apesar de alguma resistência do pai, Alessandro, teve sempre o apoio da mãe para estudar.

Com 26 anos de idade tornou-se a primeira mulher médica em Itália, depois de ter sofrido bastante com os seus colegas homens, que não queriam uma mulher médica, além de muitos dos seus professores a tratarem de modo diferente.

Após a conclusão do seu curso foi trabalhar com crianças com necessidades especiais para uma clínica psiquiátrica em Roma. Nesta instituição as crianças consideradas à época deficientes passavam o dia inteiro enfiadas dentro de um quarto, sentadas na cama e sujeitas a tratamentos cruéis como os banhos de água fria e até os choques elétricos.

Maria Montessori conseguiu com os seus estudos, persistência e resiliência, dar uma nova vida a estas crianças, que foram capazes de aprender coisas que ninguém acharia possível. Rapidamente tornou-se uma pessoa conhecida e admirada em toda a Itália e até na europa, onde se deslocou várias vezes para discursar em várias conferências.

A autora também nos conta sobre a vida pessoal de Maria, a relação com os pais, a sua amiga de longa data, Anna e até a relação muito especial que teve com um homem.

Uma história que adorei conhecer, pouco sabia da vida desta mulher fantástica. Conhecia apenas um pouco do método de ensino que criou. Maria Montessori foi uma mulher extraordinária que deixou um legado muito importante e valioso e que impactou e deixou marca em tantas pessoas, especialmente nas crianças de todo o mundo. Uma mulher muito à frente do seu tempo e que nunca deixou de lutar pelos seus sonhos, apesar das inúmeras barreiras que foi encontrando. Foi uma grande oradora e conseguiu que a sua voz se fizesse ouvir num mundo onde só os homens se destacavam.

➡️ A não perder ⬅️

⭐⭐⭐⭐

Obrigada à editora Alma dos Livros pela oferta deste livro.



domingo, 21 de agosto de 2022

Opinião - Sashenka de Simon Sebag Montefiore

 




    Em Sashenka vamos mergulhar na história da Rússia, desde o fim dos Czares até ao período pós-soviético.

    O livro está dividido em três partes:

    A primeira parte remete-nos para 1916, altura em que Sashenka tem 16 anos, frequenta um colégio feminino. Um dia a polícia detém-na à porta do colégio e é levada para a prisão acusada de espionagem. O seu Tio Mendel é bolchevique e recrutou-a para ser espia, ficando conhecida com o nome de código “Raposa da Neve”.Criada no seio de uma família rica e influente, com ligações ao Czar, Sashenka não se identifica minimamente com o modo de vida dos pais.

    A segunda parte é passada em 1939, para Moscovo, quando Sashenka é casada com um membro do partido comunista, Vanya e tem dois filhos Carl e Branquinha. Sashenka e começam a temer pelos seus filhos e pelas suas vidas quando surge uma onda de desaparecimentos de pessoas à volta da desta família. Um clima de terror onde a polícia secreta persegue quem cometeu crimes contra o partido comunista. É então que a vida desta família terá um trágico destino quando Sashenka se apaixona perdidamente por Benya Golden.

   Na terceira parte desta história, passada em 1994, Katinka, uma jovem historiadora Russa é contratada por Roza Getman para descobrir o que aconteceu à sua família, de quem nada sabe, na Rússia durante o período estalinista. Enquanto Katinka faz a sua investigação, depara-se com o nome de Sashenka.

  Eu adoro uma boa saga familiar e este livro prendeu-me logo nos primeiros capítulos. Gostei de conhecer todo o ambiente à volta da ascensão do comunismo russo, que tão bem o autor descreveu. Como a espionagem e contraespionagem funcionavam, a polícia secreta, os agentes duplos, assim como os campos de trabalho bolcheviques. Mas confesso que o me arrebatou foi a terceira parte do livro, onde há a procura pelo que aconteceu após o final abrupto da segunda parte do livro. Adorei toda a investigação e como Katinka conseguiu seguir as pistas e ligar factos para chegar à descoberta final. Foi a cereja no topo do bolo.

    Com uma escrita clara e cativante, é um livro a não perder para os amantes de sagas familiares e romances históricos. Uma história sobre família, amor, luta e sobrevivência que me emocionou.

    Este livro é o primeiro da chamada trilogia de Moscovo, pelo que fico ansiosamente à espera para ler o segundo livro.

     Classificação: 4/5


    Agradeço à editora a oferta de um exemplar.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Opinião - O Código Katharina de Jørn Lier Horst

 




Este é o segundo livro que leio do autor da série William Wisting.

Em O Código Katharina, somos transportados para uma pequena cidade na Noruega, onde o detetive Wisting vive, numa casa na mesma rua que a sua filha Line e neta Amalie.

O dia 9 de outubro está a chegar, o dia em que Katharina Hauger desapareceu sem deixar qualquer rasto. Apenas um papel deixado na cozinha com números, linhas e uma cruz, o Código Katharina.

Wisting foi o detetive que investigou o caso há 24 anos e que nunca foi resolvido. Todos os anos o detetive volta a analisar o processo há procura de alguma coisa que lhe tenha escapado. Todos os anos, nesse dia, Wisting visita o marido de Katharina, Martin.

Só que este ano, Martin não se encontra em casa quando Wisting o vai visitar nem atende as suas chamadas. Algo de estranho se está a passar…

Em simultâneo, aparece um investigador de Oslo, Stiller, especialista em casos arquivados que pensa que Martin é suspeito no rapto de uma jovem, Nadia Krogh, pouco tempo antes do desaparecimento de Katharina.

Mais uma boa leitura, neste ambiente frio e sombrio das florestas da Noruega. Gosto muito do detetive Wisting e apreciei bastante conhecer mais da sua vida pessoal, assim como do envolvimento da filha Line nesta história.

É um livro que vicia logo nos primeiros capítulos e que é um autêntico “page turner”. A escrita do autor é envolvente e os conhecimentos que o autor tem sobre as investigações estão bem presentes. Apesar de ser uma série, não é necessário ler este livro por ordem.

Se gostam de thrillers nórdicos, passados em cenários sombrios, esta série é um “must read”.


Classificação: 4/5


Obrigada à editora pelo envio de um exemplar.




quarta-feira, 8 de junho de 2022

Opinião - Criada, A luta de uma mãe pela sobrevivência de Stephanie Land

 






    Stephanie Land sempre quis ser escritora. Conseguiu realizar o seu sonho e escreveu sobre a sua própria experiência de vida. A vida de uma jovem mãe, que cedo na gravidez foi abandonada pelo seu parceiro, um romance de verão. A vida de uma mãe que luta por sobreviver num país onde a desigualdade social é cada vez mais acentuada e onde trabalhar já não é suficiente para viver.

    Vendo-se a braços com um bebé recém-nascido, com os seus planos de estudar na universidade interrompidos, sem qualquer apoio da sua família mais próxima, a maioria a viver longe da sua zona de residência, Stephanie começa a trabalhar numa empresa de empregadas domésticas. Aceita o máximo de casas que consegue, tenta obter todas as ajudas estatais a que tem direito para que possa sobreviver até ao fim do mês e nada faltar à filha. Consegue ir para alguns abrigos, a maioria com más condições de salubridade, tentando sempre melhorar o interior da casa para se adequar a ela e à filha Mia.

    Num retrato duro e bastante emotivo, Stephanie relata como foi conseguindo sobreviver, muito com a ajuda social existente no EUA. Mas mostra-nos como não é de todo fácil ter acesso aos apoios sociais e como os requisitos a ter e a manter durante o tempo em que a ajuda é concedida, são extremamente rigorosos. Fiquei chocada por saber que as pessoas que beneficiam destes apoios são altamente discriminadas e apontadas na rua e nos supermercados, por exemplo, quando ela usa os chamados "food stamps", ou vales de comida que podem ser descontados.

    Gostei bastante de ler esta autobiografia e ficar a conhecer mais da realidade de um dos países mais ricos do mundo, ficar a conhecer aquilo que não se mostra nos filmes e nas séries. Uma realidade que em vários aspectos também existe por cá e certamente em muitos outros países...
Um livro que nos leva a refletir sobre o que é importante e se é num sistema assim que queremos viver. Uma história de vida que mostra como vivem os novos pobres: aqueles que trabalham longas horas e ainda assim não conseguem sobreviver e sair do limiar da pobreza. Mas é também uma história de resiliência, superação e segundas oportunidades.

Há uma série na Netflix inspirada neste livro, como o mesmo nome, que vou querer ver.


Classificação: 4/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar.




SINOPSE

Quando Stephanie Land ficou grávida, como resultado de um romance de verão, os seus sonhos de estudar na universidade para se tornar escritora foram bruscamente interrompidos. Mãe solteira, sem estudos, sem dinheiro, sem ajudas que não as dos programas alimentares do governo dos EUA, sobreviveu e cuidou da filha a trabalhar como empregada doméstica para famílias de classes média e alta, saltando de abrigo em abrigo, de desalento em desalento.

Nesta autobiografia, que transforma numa violenta crónica social, Land escreve sobre as desesperadas histórias dos cidadãos estado-unidenses sobrecarregados e sub-remunerados, sempre abaixo de um limiar de pobreza, por mais que trabalhem, por mais que se esforcem.

Com uma escrita íntima e uma visão emotiva, Criada é também o exemplo da superação: os estudos feitos pela autora, à noite, até chegar à licenciatura e à oportunidade para reencontrar o caminho de uma vida própria.
Criada, bestseller do The New York Times, foi o livro que inspirou a série com o mesmo nome, em exibição na Netflix.

CRÍTICAS
«A desigualdade social dos Estados Unidos sob o olhar de uma mãe, um relato da luta de muitas famílias em busca de sobrevivência e um lembrete de que há dignidade em todo o tipo de trabalho.»
Barack Obama


domingo, 5 de junho de 2022

Opinião - Tempo de Mulheres de Carmen Korn

 






    Segundo livro da trilogia, a autora remete-nos para o período do pós guerra, entre 1949 e 1969. Continuamos a acompanhar estas quatro mulheres: Henny, Kathe, Ida e Lina. Agora também vamos acompanhar os seus filhos e conhecer esta nova geração no renascer das cinzas da segunda guerra mundial.

    Novamente este livro está recheado de momentos e referências histórias que nos ajudam a situar estas personagens na realidade da época: a construção do Muro de Berlim, o lançamento do Apolo 11, o surgimento das pílulas contraceptivas (que só podiam ser receitadas a mulheres casadas), dos Beatles e da televisão. Temas fortes e sensíveis como a doença, a infertilidade, o aborto e a homossexualidade são abordados neste segundo livro. Confesso que me perturbou bastante perceber como o casal homossexual desta história teve uma vida tão dura, vivendo como criminosos apenas por gostarem de alguém do mesmo sexo. Sendo crime na altura, o casal tinha de fingir que não eram amantes, nem viviam juntos, tendo inclusivamente de arranjar "falsas" namoradas para não desconfiarem da sua homossexualidade. Muito triste como perderam tantos anos juntos que podiam ter sido maravilhosos mas não foram...

    Gostei muito da continuação desta história e estou desejosa de ler o último livro que encerra a trilogia, pois, mais uma vez, a autora brindou-nos com um final que me aguçou bastante a curiosidade para ler o livro seguinte.

    Uma trilogia que recomendo para quem goste de um bom romance histórico.

    Leitura conjunta com a Sandra, a Bela e a Bruna.


    Classificação: 4/5

    Agradeço à editora o envio de um exemplar.

 
SINOPSE

Quatro amigas.
Duas guerras mundiais.
A fascinante história do século XX.

1949. A guerra terminou. Os nazis foram derrotados. A cidade de Hamburgo ficou reduzida a cinzas, muitos ficaram sem casa para a qual regressar. É preciso reerguerem-se dos escombros. É o que tenta fazer Henny, incapaz de esquecer o olhar da sua amiga Käthe naquele elétrico… Se Käthe sobreviveu à guerra, porque não entrou em contacto com ela? Lina abriu uma livraria e luta por levar o seu negócio adiante.

Ida está desiludida com a sua relação com Tian, apesar de tudo o que viveram juntos. Durante décadas, as quatro amigas partilharam a felicidade e a tristeza, as pequenas alegrias, bem como os momentos mais sombrios. Agora, os seus filhos crescem num mundo novo e também eles têm histórias para contar.

Começam, finalmente, os anos do milagre económico e das revoluções sociais, que marcaram as décadas de 1950 e de 1960: a construção do Muro de Berlim, o aparecimento da pílula contracetiva e da televisão, o início dos movimentos estudantis e a música dos Beatles. Mas ainda há um longo caminho a percorrer…

A tão aguardada segunda parte da trilogia que conquistou mais de 2 milhões de leitores em todo o mundo.


domingo, 15 de maio de 2022

Opinião - A Livreira e o Ladrão de Oliver Espinosa


 
                                                                     


         Um livros sobre livros e uma livraria chama sempre a minha atenção!

       Laura é a proprietária da Livraria Loire, em Madrid, herdada de seu pai que a fundou. Infelizmente o negócio não vai de vento em popa, muito pelo contrario, Laura está num desespero para tentar salvar a livraria do pai. Cheia de dívidas devido a um empréstimo com um agiota e estando o prazo para o pagamento a chegar, resta apenas a Laura vender o que de mais valioso tem: o manuscrito de O Inferno da Divina Comédia que está na sua família há várias gerações. Quando o resolve vender, descobre que o manuscrito que tem na livraria é uma falsificação. Quem terá roubado o manuscrito original? Como irá Laura resolver os problemas financeiros da livraria Loire?

       Esta é a premissa desta história que gostei bastante de ler. Uma leitura envolvente que me prendeu desde os primeiros capítulos. Gostei bastante do "plot twist" que há nesta trama e desconfiei dele no início mas não me tirou a vontade e o gozo da leitura. Um livro escrito em várias linhas temporais e que contem muitas referências e citações de vários livros antigos, o que me permitiu aprender sobre o mundo dos livros raros, do mercado negro em torno deles e das falsificações. É também um livro sobre amor, amizade e segundas oportunidades. Não posso dizer que o final desta história me tenha surpreendido mas ainda assim foi do meu agrado. 

Uma história que recomendo a quem gosta ou tenha interesse em saber mais sobre o mundo dos livros raros.

Classificação: 4/5


Agradeço à Clube do Autor o envio de um exemplar.



SINOPSE

Há pessoas que amam tanto os livros que não resistem a roubá-los. Sobretudo se se tratar de edições raras, livros antigos e valiosos. E isto não é ficção. Unindo a longa tradição literária de ladrões de livros ao ritmo frenético de um thriller contemporâneo, A Livreira e o Ladrão é um hino à bibliofilia, altamente recomendado para todos os leitores que gostam de livros sobre livros.

Um ladrão, uma livreira e livros raros Mundos opostos ou uma combinação explosiva? Logo, logo veremos Laura está desesperada. Depois de várias tentativas infrutíferas para salvar a sua livraria, só lhe resta vender o bem mais precioso o manuscrito medieval de O Inferno da Divina Comédia de Dante, na família há gerações. Mas quando está prestes a concluir o negócio, constata que o livro fora trocado por uma falsificação amadora. A suspeita recai na sua antiga paixão, um ladrão de livros. Com a ajuda de Marcos, antigo mentor de Pol, Laura descobre que o antigo namorado está morto.

Então quem pode ter sido?

domingo, 8 de maio de 2022

Opinião - Mulheres de Sal de Gabriela Garcia

 






Mulheres de Sal é um livro sobre mulheres, da mesma família e de cinco gerações diferentes. 
Vamos conhecer Jeanette que vive no presente em Miami, é filha de Carmen, imigrante cubana. A relação entre ambas não é pacífica devido às escolhas de Jeanette, mas a relação de Carmen com a sua mãe Dolores (que ficou na sua terra natal) também não.
Um dia Jeanette decide acolher a filha da sua vizinha Glória, também ela imigrante que foi detida e levada para um centro de imigrantes para ser repatriada. 
Jeanette viaja para Cuba para conhecer a família que lá ficou, nomeadamente a sua avó Dolores e tentar entender o que se passou entre a avó e a sua mãe.
Mas também vamos conhecer a história de Maria Isabel da mesma família, na Cuba de 1866, trabalhadora numa fábrica de tabaco, assim como toda a situação política e social da época.

É uma história crua e dura, que aborda temas muito atuais como a emigração, o repatriamento de emigrantes, o consumo de drogas, e relações abusivas. São mulheres fortes que lutam pela sua sobrevivência num mundo de desigualdades e injustiça. 

Apesar de ter gostado da história de todas estas mulheres, achei a narrativa por vezes confusa na linha temporal, senti que me perdi um pouco. No fundo são pequenas histórias sobre as várias personagens que têm alguma ligação entre si. Na minha opinião esta estrutura tornou-se confusa. 
Não sei se por ser um livro mais pequeno, achei que ficou algumas respostas por dar e senti que o final foi um pouco apressado
 e por isso não consegui desfrutar desta leitura da forma que queria e esperava. Ainda assim recomendo a leitura por abordar temas muito atuais e importantes.

Classificação: 3/5

Agradeço à Cultura Editora o envio de um exemplar.



SINOPSE

Na Miami do presente, Jeanette luta contra o vício. Filha de Carmen, uma imigrante cubana, está determinada em saber mais sobre a história da sua família e toma a decisão imprudente de acolher a filha de uma vizinha levada pelo Departamento de Imigração. Carmen, ainda a lutar com o trauma da mudança, tem de processar a relação difícil que tem com a sua própria mãe enquanto tenta criar uma Jeanette rebelde.
Firme na sua busca por respostas, Jeanette viaja para Cuba para encontrar a avó e desvendar os segredos do passado.

Desde as fábricas de tabaco do século XIX aos centros de detenção atuais, de Cuba ao México, Mulheres de Sal de Gabriela Garcia são um caleidoscópio de traições - pessoais e políticas, autoimpostas e infligidas por outros - que moldaram a vida destas mulheres extraordinárias. Uma reflexão assombrosa sobre as escolhas das mães, o legado das memórias que carregam e a tenacidade das mulheres que escolhem contar as suas histórias apesar de tentarem silenciá-las. Este é mais do que um livro sobre diáspora, é a história das raízes humanas mais emaranhadas e honestas da América.