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segunda-feira, 28 de março de 2022

Opinião - O Curador de M. W. Craven

 




Depois de ter devorado o segundo livro da série Washington Poe, estava muito curiosa com este terceiro livro. Posso desde já dizer que não desiludiu e M. W. Craven voltou a surpreender!

Nesta história a fantástica dupla Poe e Tilly são chamados a investigar um novo caso: uma assassino em série deixou várias partes de três vítimas em vários locais da Cúmbria, um condado no norte da Inglaterra, com uma estranha inscrição.  As vítimas foram "tratadas" de forma muito diferente o que cria muitas dúvidas em Tilly e Poe. A superintendente Jo Nightingale e a detetive Stephanie Flynn vão precisar muito da ajuda desta dupla pois as vitimas nada têm em comum. 

Quando começam a recolher algumas provas, Poe é contactado por uma agente do FBI que acha que os crimes que Poe investiga muito semelhantes com um caso que ela já teve, no passado, em mãos. A agente Melody Lee é uma agente caída em desgraça e cuja reputação está pelas ruas da amargura mas é ela que lhe vai dar a conhecer O Curador.

É impossível não ficar agarrada a este livro e a toda esta trama tão bem construída. Poe e Tilly são uma dupla incomparável, uma parceria perfeita: a inteligência de Tilly e a perspicácia de Poe. A Tilly está um pouco mais sociável e as suas tiradas sem filtro são cada vez menos (o que lamento, pois adoro-as!). É um livro cheio de ação, intenso que nos deixa completamente viciados, um autêntico "page turner". Com um final absolutamente surpreendente que jamais teria adivinhado, impossível não ficar ansiosa pelo quarto volume desta série.

Capítulos curtos, vários twists, muito suspense, um enredo macabro e negro, e um final de deixar o queixo caído, são estes os ingredientes que tornam este livro simplesmente fantástico!

Quem ainda não conhece esta dupla, aviso que estão a perder três excelentes livros! De leitura obrigatória para quem adora thrillers/policiais.


Classificação: 5/5


SINOPSE

É Natal. Um assassino em série expõe partes das suas vítimas por todo o condado de Cúmbria, deixando no local do crime sempre a mesma estranha inscrição: #BSC6.

Chamados para investigar, o inspetor Washington Poe e a analista de dados Tilly Bradshaw enfrentam um caso que não faz sentido. Por que razão algumas vítimas foram anestesiadas, enquanto outras morreram em terrível agonia? Porque é que, apesar das provas irrefutáveis, o único suspeito nega tudo, mas, ao mesmo tempo, admite coisas das quais nem os investigadores tinham conhecimento? E como explicar que todas as vítimas tenham tirado as mesmas duas semanas de férias três anos antes?

A investigação ganha contornos mais sombrios quando Melody Lee, uma agente do FBI caída em desgraça, entra em contacto com Poe. Ela não acredita que estejam a lidar com um assassino em série; ela crê que estão a perseguir alguém muito, muito pior: um homem que se autodenomina Curador.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«M. W. Craven claramente estudou os mestres. Intrigante, perturbador e de ritmo acelerado.»
The Times

«Soberbo.»
Daily Mail

«Arrebatador.»
The Sun

quinta-feira, 17 de março de 2022

Opinião - Eu sei o que vocês fizeram de Dorothy Koomson

 


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Acacia Villa é uma urbanização na cidade britânica de Brighton, onde, a partir do dia 1 de junho de 2020, nada vai ser igual ao que era!

Neste dia batem à porta de Rae, uma das residentes da urbanização com tremenda força. É Priscilla, uma vizinha de 50 anos que, atabalhoadamente lhe diz: "Eu sei o que vocês fizeram". Rae não entende o que se está a passar e Priscilla acaba por lhe entregar um caderno que diz conter todas as explicações e a indicação de quem a matou. Refere ainda que foi atacada e que Rae não deve confiar em ninguém. Rae entra em casa para ir chamar uma ambulância, quando volta à porta, Priscilla desapareceu... 

Rae fica na dúvida entre entregar o diário de Priscilla às autoridades, ou ficar com ele e ler todos os segredos da vizinhança.                                                                                                                            Todos os moradores são suspeitos de ter agredido violentamente a Priscilla.

Esta é a premissa para este thriller psicológico. Passado neste cenário fechado da urbanização, vamos conhecer vários dos moradores, pois a história é narrada a várias vozes. Uma história que me prendeu logo nos primeiros capítulos e sendo os mesmos curtos, permitiu que a minha leitura fosse muito voraz e viciante.

Um thriller doméstico com um toque "dark" cheio de segredos, mentiras, reviravoltas e suspense que teve um "primeiro" final morno mas um "segundo" final com um twist que surpreendeu e que me deixou com muita vontade de ler uma continuação (espero que haja!).

Dorothy Koomson não desilude!


Classificação: 4/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar.

SINOPSE

E se os segredos dos seus vizinhos lhe caíssem nas mãos, na forma de um diário?
E se a mulher que o deixou fosse assassinada por uma das pessoas de que fala esse diário?
E se a polícia lhe perguntasse se sabia alguma coisa?
Entregaria o diário?
Ou tentaria descobrir os segredos de cada um?
Eu sei o que fizeram é o thriller viciante da Rainha das Revelações.

CRÍTICAS

"Mistério quanto baste e revelações surpreendentes o suficiente para ficarmos a pensar na forma como foi o desfecho, durante algumas horas ainda depois de terminar a leitura. Este livro tem tudo para ser um dos mais lidos este ano. E vou continuar a seguir Dorothy Koomson com toda a minha atenção!"

Sara Neves, Sinfonia dos Livros

terça-feira, 8 de março de 2022

Opinião - As Costureiras de Auschwitz de Lucy Adlington

 






Um livro que resulta de uma investigação profunda e minuciosa da vida de várias costureiras que sobreviveram a Auschwitz por saberem costurar. Umas já sabiam, outras foi neste campo de concentração que aprenderam. Este livro foi também o resultado das conversas da autora com a última costureira sobrevivente, Bracha Kohút.
Estas mulheres, muitas apenas raparigas, que vamos conhecer são oriundas de vários países, em comum têm o facto de serem judias. E por isso foram deportadas para Auschwitz.

Com a subida ao poder do partido Nazi, cedo apareceram várias leis contra os judeus, desde a proibição de frequentarem espaços como escolas, lojas e até serem atendidos nos hospitais, até à proibição de trabalharem.
"A Noite de Cristal", ocorrida a 9 de novembro de 1938, na Alemanha, foi o culminar de um longo processo de perseguição aos judeus. Foi um assalto às lojas e às casas de judeus que ocorreu na Alemanha e também na Áustria planeado pelo partido nazi.
O resultado desta noite foi devastador: calcula-se que duas centenas de sinagogas tenham sido destruídas nessa noite e cerca de 7 mil lojas judaicas tenha sido destruídas, queimadas ou danificadas. A maioria das lojas que vendiam roupas e têxteis eram propriedade de judeus, pelo que, posteriormente a este acontecimento começou a haver escassez destes produtos porque mais os alemãs que não eram judeus, não sabiam da arte.
Seguiu-se uma feroz perseguição com prisão e deportação de milhares de judeus para os vários campos de concentração.


"Os judeus na Polónia sofreram níveis extraordinários de perseguição, por vezes de antissemitas da população local (...)"

"Quando os guetos foram criados, alguns polacos lamentaram o sofrimentos dos seus vizinhos judeus, enquanto outros depressa tomaram conta dos respetivos negócios."


Algumas destas costureiras já se conheciam antes de chegarem a Auschwitz mas a maioria criou fortes laços de amizade em Auschwitz. O atelier de costura criado pela mulher do comandante do campo, Hedwig Hoss, começou apenas com uma pessoa, chegando a albergar mais de 25 mulheres, que assim tinham a benesse de trabalhar longe do frio e do calor da rua, em segurança e com direito a uma alimentação reforçada. Um passaporte para a sua sobrevivência.

Tinham a hercúlea tarefa de, a partir de restos de uniformes dos prisioneiros, muitos ainda com sangue e buracos de balas, transformar em novas peças de roupa. Existia em Auschwitz um armazém chamado de "Kanada", onde eram guardados os bens que os prisioneiros traziam ingenuamente para o campo de concentração. Estas costureiras tinha acesso ao armazém para irem buscar roupa e tecidos para criarem as peças que lhes eram pedidas. O Kanada também guardava roupa e tecidos que tinham sido roubados das lojas que tinham sido propriedade dos judeus.
No atelier faziam-se roupas e uniformes para os agentes das SS do campo, as mais variadas peças para as suas mulheres e até roupa para as mulheres da elite nazi alemã.

É impossível ficar indiferente a estes relatos de horror ocorridos neste período negro da história europeia. Nunca é fácil ler e conhecer os pormenores da constante e agoniante tortura de tantas e tantas pessoas. Apesar de ser sempre uma leitura dura considero que é uma leitura necessária para aprender e ter contacto com a realidade. Lembrar para nunca esquecer é cada vez mais importante nos dias que correm.
Confesso que o timming desta leitura não foi o melhor porque coincidiu com o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, pelo que a vontade e concentração para ler sobre este tema não foi a desejada. Mas, tendo sido uma leitura conjunta organizada pela Sandra do blog Leituras Descomplicadas, ajudou neste aspeto pelo facto de podemos indo conversando e discutindo sobre o livro. A leitura acompanhada e partilhada é sempre mais rica!

Um livro a não perder para quem gosta de ler sobre esta parte da nossa história.

"Hunya foi salva pela amizade e pela lealdade - algo que os nazis nunca conseguiram erradicar, apesar de todos os abusos que praticavam."

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.




SINOPSE

A poderosa história das mulheres que usaram as suas técnicas de costura para sobreviver ao Holocausto, costurando roupas para a elite nazi, no salão de moda do campo de concentração de Auschwitz.
No auge do Holocausto, 25 jovens prisioneiras do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau desenharam, cortaram e coseram elegantes peças de vestuário para as mulheres da alta sociedade nazi. Um trabalho que, esperavam, as salvaria das câmaras de gás.

Este salão de moda, denominado Ateliê de Alta-Costura de Auschwitz, foi criado por Hedwig Höss, a mulher do comandante do campo e funcionava a poucos metros de distância do bloco de interrogatórios onde se torturavam prisioneiros. Das mãos destas 25 jovens saíram maravilhosas peças de roupa que fizeram brilhar as senhoras da elite nazi em Berlim.

Quando a historiadora Lucy Adlington se encontrou pela primeira vez com Bracha Kohút, a última costureira sobrevivente, sentiu a história ganhar vida e expõe a ganância, crueldade e hipocrisia.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Opinião - Gente Ansiosa de Fredrik Backman

 






Gente Ansiosa é uma história sobre pessoas. Quando um ladrão de bancos tenta assaltar a dependência de um banco onde não há dinheiro disponível e, em desespero se refugia numa "open house" de um apartamento, fazendo vários reféns, tem tudo para dar errado...

É este o cenário que Fredrik Backman nos leva neste livro. Uma idosa, uma analista bancária, um casal de reformados, duas recém-casadas, uma agente imobiliária e um homem vestido de coelho. São estes os reféns deste ladrão falhado! Um leque muito variado de pessoas... Aposto que não vão adivinhar o que fazia um homem vestido de coelho naquele apartamento!! 

A polícia deste pequena cidade é expedita e rapidamente chega ao local para tentar negociar com o ladrão a libertação dos reféns. Os agentes Jim e Jack são pai e filho e a ambos falta a experiencia para lidar com estes casos complexos, tendo solicitado ajuda à polícia da capital.

É um livro que tem uma estrutura que cativa a sua leitura com a alternância entre capítulos passados no presente e no passado, assim como a transcrição dos vários depoimentos prestados à polícia pelos reféns, que me fez ficar agarrada às suas páginas desde muito cedo.

Gostei muito deste livro, tem personagens únicas e diferentes mas que nos transmitem a sensação de serem reais, numa história que aconchega o coração. As personagens fazem este livro! Aborda vários temas complexos mas interessantes como o suicídio, a depressão e a ansiedade. Contém uma boa dose de humor, na conta certa para nos fazer soltar algumas gargalhadas. Mas também nos deixa com o coração apertado e nos emociona. Contém ainda uma boa dose de surpresas ao longo de toda a história onde vamos conhecendo a vida destas pessoas, quem são, o que fazem e o que as levou àquele apartamento.

Um autor que já deu provas da sua qualidade e que vou querer continuar a acompanhar. Apenas me falta ler o Beartown mas quero fazê-lo em breve.

É um livro diferente e surpreendente que recomendo que leiam!

Classificação: 4/5

Agradeço à editora o envio de um exemplar.




SINOPSE

Visitar um apartamento que está à venda não costuma redundar numa situação de perigo. A menos que seja antevéspera de Ano Novo, e um ladrão inexperiente tenha decidido assaltar um banco onde não há dinheiro. Quando assim é, torna-se inevitável que não haja sequer um plano de fuga, e se acabe com uma data de reféns acidentais.
Felizmente, podemos confiar na pronta intervenção das autoridades. A menos que os dois polícias responsáveis pelo caso não se entendam nem saibam o que fazer.
Ainda assim, acreditamos que tudo correrá bem, em particular se os reféns permanecerem calmos. A menos que sejam os reféns mais idiotas de todos os tempos: uma analista bancária com ideias suicidas, uma adorável velhinha com motivações pouco transparentes, um casal reformado com uma paixão enorme pelo IKEA, duas recém-casadas, prestes a serem mães, que andam sempre às turras, uma agente imobiliária com entusiasmo a mais e talento a menos, e uma pessoa vestida de coelho.
Com um sentido de humor excecional, que cativou milhões de leitores em todo o mundo, e personagens tão imperfeitas quanto tocantes, Fredrik Backman volta a surpreender com esta história sobre gente idiota e ansiosa e os laços invisíveis que (n)os unem.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
Quem narra conta e comenta, interpelando o leitor, fazendo-o ver que podia estar a viver aqueles episódios, que se está, ao fim e ao cabo, a falar da sua vida.

Luís Ricardo Duarte, Jornal de Letras

Neste romance de personagens imperfeitas, de estranhos que não têm consciência de como as suas vidas afectam os outros, aprendemos que nem todos se podem salvar. […] Backman quis construir uma comédia na linha dos policiais clássicos de Agatha Christie em que o leitor é desafiado a resolver uma charada a partir de vários pontos de vista.

Isabel Coutinho, Público

«[Um] romance peculiar e rico […] Irónico, sábio e muitas vezes engraçado, é uma história totalmente original que proporciona puro prazer.

People

Mais uma vez, Backman consegue captar a complicada essência do ser humano […] Inteligente e comovente.

The Washington Post

[Este] romance […] atinge o ponto ideal entre o profundamente perspicaz e o absurdamente engraçado […] Abracei este livro […] com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos.

USA Today

Uma análise profundamente engraçada e calorosa de como as experiências individuais podem unir um grupo aleatório de pessoas. Backman revela as muitas imperfeições de cada personagem com enorme empatia, lembrando-nos que as pessoas são sempre mais do que a soma das suas falhas.

BookPage

Uma história com comédia e tragédia, que certamente agradará aos fãs de Backman.

Kirkus Review

[A] narrativa fechada e cheia de surpresas […], a ação enérgica e envolvente, levam à reflexão sobre o casamento, a paternidade, a responsabilidade e as pressões económicas globais. Comédia, drama, mistério e análise social, este romance é indefinível, exceto pelo puro prazer de leitura que proporciona. Altamente recomendado.

Library Journal

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Opinião - O Segredo Angolano Uma conspiração sem precedentes de Velho Kipacaça

 




Já tinha visto esta novidade nas lojas online e fiquei curiosa por ser um thriller escrito por um angolano passado em Angola.

Nesta história Kahadi, técnico de informática, ouve uma conversa do seu chefe sobre a morte do antigo presidente de Angola ocorrida em 1979, Bento Descendente, o primeiro presidente após a independência. O comentário foi no sentido de a sua morte não ter acontecido nas circunstâncias que oficialmente foi divulgada, ocorrida na sequência de complicações cirúrgicas em Moscovo. Kahadi não consegue ignorar o que ouviu e decide investigar. 

Paralelamente a sua Avó Ana Ebo, já de alguma idade e cega, pediu ao seu neto ajuda para encontrar uns rascunhos de um livro e cartas de um escritor que ela conheceu mas cujo nome já não se lembra.

No início custou-me um pouco a entrar nesta história pois há bastantes personagens e andei um pouco confusa. Mas rapidamente fiquei agarrada a esta trama cheia de ação e com capítulos curtos que fez com que se tornasse um verdadeiro “page turner”. A história é narrada em vários tempos e por várias personagens, o que nos vai dando uma ideia mais completa de toda a trama.

É um livro sobre conspirações, organizações secretas, traições, segredos, mas também sobre amor, pátria e família. É uma história inspirada em personagens e acontecimentos reais onde a cultura angolana está muito presente e por isso aprendi mais um pouco sobre este país.

O final surpreendeu, foi aí que tudo fez sentido e estas duas histórias se encontraram tendo o autor nos brindado com várias revelações. Recomendo a quem goste de conspirações e segredos!

 

Agradeço ao autor Velho Kipacaça o envio de um exemplar.


Classificação: 3,5/5


sábado, 15 de janeiro de 2022

Opinião - O Homem Sem Cara de Peter May

 


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Este é o primeiro livro que leio do autor escocês Peter May, publicado inicialmente em 1981, esta é uma reedição. É um dos seus primeiros livros publicados e esta edição foi revista pelo autor. A história transporta-nos para 1979 em Bruxelas para um ambiente político em torno da então CEE.

Neil Bannerman é um jornalista que foi destacado para este cidade belga para fazer investigação política. Ficou hospedado na casa do colega Tim Slater que tem uma filha autista, Tânia, com a qual Neil estabelecer logo uma relação especial assim que se conhecem.

Poucos dias depois da sua chegada a Bruxelas, dois homens são encontrados mortos a tiro numa mansão: um deles é o Ministro de Estado britânico para a Europa e o outro é o colega Tim Slater. Rapidamente a polícia diz que se mataram um ao outro mas Neil não acredita nessa tese, até porque Tânia estava escondida na mansão e presenciou os acontecimentos. Mas devido ao seu problema não consegue contar o que viu, apenas o faz por desenhos. Vai fazer a sua própria investigação e tentar descobrir quem matou Slater e Gryffe.

Gostei bastante desta história, especialmente porque sendo passada na altura que foi a investigação policial e jornalística é feita sem qualquer recurso às novas tecnologias. Uma investigação "à moda antiga". É bom para variar um pouco. Além das referências a certos pormenores da época dos quais já nos esquecemos.

O autor deu voz ao assassino, tornando-o um dos narradores desta história o que permitiu saber desde o início o que tinha acontecido. Mas nunca perdi o interesse na trama pois nunca sabemos quem nem o que está por detrás destas mortes.

Não foi um final que deslumbrou mas gostei de toda a explicação da motivação dos crimes. Vou querer ler mais livros de Peter May.


Classificação: 3,5/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar.




SINOPSE

Um jornalista sem medo.
Neil Bannerman, um experiente jornalista, é enviado para Bruxelas, para reportar o que espera ser, apenas, uma conspiração política. Porém, a tragédia instala-se à chegada, quando dois britânicos, um influente político e um outro jornalista, são encontrados mortos.

Uma criança sem pai.
No seu aparentemente insensível desprendimento, Bannerman vai-se aproximando de Sally, uma corajosa mulher que lhe mostra muito mais do que ele esperava saber ou encontrar, e também de Tania, uma criança autista, filha de um dos assassinados, que viu o crime escondida num armário.

O homem sem rosto.
Bannerman aventura-se numa intrigante história que parece estabelecer uma ligação entre as mortes e a investigação jornalística que o enviara para Bruxelas em primeiro lugar, enquanto um impiedoso assassino se movimenta pela cidade. Conseguirá ele proteger a criança e desmascarar o assassino ou será já demasiado tarde?

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«A obra-prima do thriller.»
Guardian

«Fortíssimo.»
The Times


quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Opinião - Verdades Ocultas Série Sebastian Bergman - volume 7 de Hjorth e Rosenfeldt

 



Sétimo e penúltimo livro da série Sebastian Bergman. Neste volume a equipa da Unidade de Homicídios de Estocolmo tem de lidar com um assassino em série. Num espero muito curto de tempo ocorreram três assassinatos e Vanja e os restantes investigadores estão sem qualquer pista sobre estes crimes. Inevitavelmente pedem ajuda a Sebastian para tentar traçar o perfil deste assassino.

A certa altura aparece uma lista de dez nome com três nomes riscados, que correspondem aos nomes das três vítimas. Vai ser uma corrida contra o tempo para proteger e evitar as restantes mortes.

O nosso Sebastian Bergman está retirado da vida policial e voltou a dar consultas como psicólogo e a tomar conta da neta, Amanda. Numa das consultas atende um paciente, Tim, que esteve no tsunami onde Sebastian perdeu a filha. Também Tim perder a sua filha nas mesmas circunstâncias. Esta situação leva a que Sebastian volte a reviver com mais intensidade os seus fantasmas...

Mas não é só Sebastian, Billy também terá de lidar com um fantasma do seu passado que irá dar uma grande volta à sua vida.

Gostei muito deste livro, novamente um livro cheio de ação, suspense e muitas revelações sobre a equipa da Unidade de Homicídios. Li o livro rapidamente porque é impossível não ficar viciada nesta história e quer saber mais sobre estas personagens já tão familiares.

O final deste livro é absolutamente estrondoso! Fiquei de queixo caído com a revelação feita nas últimas páginas! Não consigo imaginar como será o último livro da série mas desconfio que será muito bom!

Não vou mesmo perder o próximo livro. Esta dupla de autores sabe mesmo agarrar e surpreender o leitor! Esta já é a minha série policial favorita!

Classificação: 5/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar.

SINOPSE

Três assassinatos em poucos dias. A tranquila cidade sueca de Karlshamn é tomada pelo terror. Vanja e os seus colegas estão sob pressão para parar o atirador antes que ele mate mais pessoas. Mas não há pistas nem testemunhas nem ligações claras entre as vítimas.

Três anos após os acontecimentos que vivenciaram em Mentiras consentidas, Vanja , Torkel , Ursula , Billy e o resto da equipa da Unidade de Homicídios de Estocolmo têm lidar com um assassino em série que deixou um rastro de cadáveres na pequena cidade costeira de Karlshamn . Mas não há pistas, testemunhas ou ligações claras entre as vítimas. Sebastian Bergman escolheu uma vida mais tranquila desde que se tornou avô, regressando ao trabalho de psicólogo e terapeuta.

No entanto, o seu mundo abala quando um australiano lhe pede ajuda para processar a experiência que viveu no tsunami de 2004, durante o qual o próprio Sebastian perdeu a esposa e a filha. Desde o assassinato em Uppsala, três anos atrás, Billy , o ex colega de Sebastian, nunca mais parou de matar, mas, ao tornar se pai, decide parar. Mas as circunstâncias não permitirão que o passado seja esquecido. A questão é: até aonde irá Billy para se certificar de que não será descoberto?

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Uma série brilhante e tremendamente viciante, graças a uma mistura de histórias engenhosamente tramadas e personagens realistas.»
El Periódico, Espanha

«Um thriller contemporâneo fascinante. Depois de começar, não pode parar de ler!»
Ölandsbladet, Suécia

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

                   


Este foram dois desafios que participei organizado pela Sandra do blog Leituras Descomplicadas, podem ver o blog dela aqui. Não consegui completar todas as categorias mas fui lendo à medida que ia conseguindo. Até porque livros históricos ou romances históricos são livros que não leio há muito tempo e não são a maioria dos livros que leio.
Para este ano a Sandra organizou um projeto de ler cada mês um autor de uma nacionalidade, dando sugestões de autores e livros mas podemos nós escolher outro que seja da nacionalidade estipulada. Vou participar, achei a ideia interessante para lermos autores de nacionalidade que normalmente lemos pouco ou nada.





A Isabel do blog Manta de Histórias organiza sempre um desafio natalício, o HoHoHo Books, o qual já terminei e ainda o desafio anual e o Lê Português. Consegui também completar todos e já estou pronta para os desafios de 2022. Podem espreitar o blog dela aqui











Eu gosto bastante de participar em desafios deste género, primeiro porque é uma forma de ler livros que, de outra forma, dificilmente leria e não conheceria tantos e variados autores. Depois porque ir lendo conforme me apetece nem sempre é fácil para mim, porque apetece-me vários livros e os desafios é uma forma de orientar a minha leitura e ajudar-me a escolher de entre os livros que quero ler.

E vocês, gostam de participar neste tipo de desafios ou preferem ir lendo o que vou apetece sem ficar sujeitos a categorias e temas?